14 de novembro de 2024
Destaque 3

Caiado defende foco no combate ao coronavírus e diz: “não se tem ambiente para pensar em impeachment”

Caiado diz que momento não permite processo de impeachment. (Foto: Divulgação)
Caiado diz que momento não permite processo de impeachment. (Foto: Divulgação)

O governador Ronaldo Caiado afirmou nesta quarta-feira (29), durante entrevista ao jornal Valor Econômico, que o foco de todos no país deve ser o combate à pandemia de Covid-19, deixando de lado a crise política e um eventual processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Caiado, não há ambiente, pelo momento em que vive o Brasil, para a instauração de um processo que pode cassar Bolsonaro.

“Eu vivi Brasília no impeachment de Collor e de Dilma, vivi momentos tensos da política nacional. Nesse momento, é claro que não se tem ambiente para pensarmos em impeachment. Isso é preciso ficar bem claro. Temos que respeitar os votos do eleitor e fazer com que os mandatos terminem. E que cada mandato seja para nós um aprendizado”, pontuou.

O governador classificou como deprimente a deflagração de uma crise política durante o período de crise sanitária e pediu que o foco seja retomado. “Infelizmente, estamos vendo o foco voltado para a crise política e deixando a sensibilidade com a questão da saúde e a vida do brasileiro. É deprimente estarmos assistindo isso”, afirmou.

Caiado destacou ainda que a crise política atual tem, além de todos os componentes habituais, um inimigo letal. Por isso, ele pede um esforço suprapartidário para superar a pandemia.

“Em todos os momentos críticos da política nacional, você tem componentes de corrupção, desacertos, crise política, falta de credibilidade e de apoio. O que me preocupa é exatamente a somatória do que nunca vimos em outras crises. Temos uma coisa que deveria ser a prioridade de todos os governos, de uma forma suprapartidária, que é a pandemia do coronavírus. O vírus não senta, não conversa com ninguém e fez as maiores potências se ajoelharem. Não podemos ampliar uma crise gravíssima, com número enorme de óbitos mais um processo de colapso de empregos, com uma crise política”, avaliou.


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