05 de dezembro de 2025
eleições 2026 • atualizado em 18/08/2025 às 23:44

Caiado declara: A principal prioridade da direita é derrotar Lula em 2026

Segundo Caiado, disputas paralelas ou discussões sobre impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não devem tirar o foco da eleição
Caiado reforça união da centro-direita, descarta impeachment do STF e prioriza derrota de Lula em 2026. Foto: Secom.
Caiado reforça união da centro-direita, descarta impeachment do STF e prioriza derrota de Lula em 2026. Foto: Secom.

Em entrevistas concedidas nesta segunda-feira (18) aos programas Café com a Gazeta do Povo e Estúdio i, da GloboNews, o governador de Goiás e pré-candidato à Presidência, Ronaldo Caiado (União Brasil), reafirmou que a principal prioridade da centro-direita para 2026 deve ser a união em torno da derrota de Lula. Para ele, disputas paralelas ou discussões sobre impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não devem tirar o foco da eleição.

Caiado frisou que a disputa eleitoral é o único caminho capaz de mudar os rumos do país. “O objetivo número um é tirar o Lula, ganhar as eleições no dia 4 de outubro de 2026. São 14 meses até lá”, disse.

Ao criticar movimentos que pedem o impeachment de ministros do STF, o governador usou uma metáfora médica: “Médico incompetente pode fazer diagnóstico errado. Você tem de saber primeiro identificar o que é causa e o que é efeito. Senão, você mata o doente. Então, você quer fazer medida politiqueira ou quer saber a medida que vai resolver o problema do país?”.

Unidade entre governadores pré-candidatos

Na entrevista, Caiado voltou a destacar a coesão entre os governadores de centro-direita que, assim como ele, são pré-candidatos à Presidência. Ele relatou encontro recente em Brasília com Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Junior (Paraná).

“Está muito bem consolidado. Há poucas semanas, estivemos reunidos em Brasília: eu, Ratinho, Tarcísio, Zema, todos nós estamos tranquilos. Aquele que chegar ao segundo turno terá o apoio dos demais”, garantiu.

Segundo Caiado, essa união é um dos diferenciais da oposição atual em relação a pleitos anteriores. “O eleitor precisa ter clareza de que, independentemente de quem avance, haverá sustentação do grupo”, acrescentou.

Críticas ao governo federal e tarifaço dos EUA

Caiado também comentou sobre o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e criticou a postura do governo federal diante do episódio. “Nós não temos nada a ver com essa política do Lula de provocar o presidente Trump. Não queremos enfrentamento com nenhum país”, disse.

Ele recordou que esteve em diálogo com o encarregado de negócios da Embaixada Americana, Gabriel Escobar, para tratar do tema. “A minha posição é contrária ao tarifaço. Cabe a mim defender o emprego, o desenvolvimento da renda e das indústrias de Goiás”, ressaltou.

Defesa da anistia e pacificação política

O governador goiano ainda tratou das consequências judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, esse é um tema que segue o curso natural das instituições e não depende da vontade de terceiros.

“Não adianta criar artifícios para tentar barrar o julgamento no dia 2 de setembro. Nada vai impedir sua realização”, afirmou. Caiado defende a anistia como instrumento para pacificar o país. “Só assim será possível virar a página e dar estabilidade política ao Brasil.”

Compromisso com estabilidade e desenvolvimento

Por fim, Caiado reafirmou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto e disse que pretende oferecer ao país estabilidade política e responsabilidade fiscal, em linha com o que tem defendido em Goiás.

“Serei candidato a presidente da República com o compromisso de pacificar o país, promovendo equilíbrio fiscal e desenvolvimento, com capacidade de renda e IDH. É exatamente o que consigo fazer com um mandato”, declarou.


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