Em entrevistas concedidas nesta segunda-feira (18) aos programas Café com a Gazeta do Povo e Estúdio i, da GloboNews, o governador de Goiás e pré-candidato à Presidência, Ronaldo Caiado (União Brasil), reafirmou que a principal prioridade da centro-direita para 2026 deve ser a união em torno da derrota de Lula. Para ele, disputas paralelas ou discussões sobre impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não devem tirar o foco da eleição.
Caiado frisou que a disputa eleitoral é o único caminho capaz de mudar os rumos do país. “O objetivo número um é tirar o Lula, ganhar as eleições no dia 4 de outubro de 2026. São 14 meses até lá”, disse.
Ao criticar movimentos que pedem o impeachment de ministros do STF, o governador usou uma metáfora médica: “Médico incompetente pode fazer diagnóstico errado. Você tem de saber primeiro identificar o que é causa e o que é efeito. Senão, você mata o doente. Então, você quer fazer medida politiqueira ou quer saber a medida que vai resolver o problema do país?”.
Unidade entre governadores pré-candidatos
Na entrevista, Caiado voltou a destacar a coesão entre os governadores de centro-direita que, assim como ele, são pré-candidatos à Presidência. Ele relatou encontro recente em Brasília com Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Junior (Paraná).
“Está muito bem consolidado. Há poucas semanas, estivemos reunidos em Brasília: eu, Ratinho, Tarcísio, Zema, todos nós estamos tranquilos. Aquele que chegar ao segundo turno terá o apoio dos demais”, garantiu.
Segundo Caiado, essa união é um dos diferenciais da oposição atual em relação a pleitos anteriores. “O eleitor precisa ter clareza de que, independentemente de quem avance, haverá sustentação do grupo”, acrescentou.
Críticas ao governo federal e tarifaço dos EUA
Caiado também comentou sobre o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e criticou a postura do governo federal diante do episódio. “Nós não temos nada a ver com essa política do Lula de provocar o presidente Trump. Não queremos enfrentamento com nenhum país”, disse.
Ele recordou que esteve em diálogo com o encarregado de negócios da Embaixada Americana, Gabriel Escobar, para tratar do tema. “A minha posição é contrária ao tarifaço. Cabe a mim defender o emprego, o desenvolvimento da renda e das indústrias de Goiás”, ressaltou.
Defesa da anistia e pacificação política
O governador goiano ainda tratou das consequências judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, esse é um tema que segue o curso natural das instituições e não depende da vontade de terceiros.
“Não adianta criar artifícios para tentar barrar o julgamento no dia 2 de setembro. Nada vai impedir sua realização”, afirmou. Caiado defende a anistia como instrumento para pacificar o país. “Só assim será possível virar a página e dar estabilidade política ao Brasil.”
Compromisso com estabilidade e desenvolvimento
Por fim, Caiado reafirmou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto e disse que pretende oferecer ao país estabilidade política e responsabilidade fiscal, em linha com o que tem defendido em Goiás.
“Serei candidato a presidente da República com o compromisso de pacificar o país, promovendo equilíbrio fiscal e desenvolvimento, com capacidade de renda e IDH. É exatamente o que consigo fazer com um mandato”, declarou.
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