O governo estadual busca a evolução do processo de vendas de ativos entre empresas do setor elétrico. A gestão defende que a Enel repasse a outra empresa, a prestação do serviço energético em Goiás. Reunião foi realizada no Ministério de Minas e Energia, em que o governador Ronaldo Caiado (DEM), busca mediação do governo federal quanto ao assunto.
Caiado reforçou que há uma necessidade de que ocorra um resultado o mais rápido possível. Para que o negócio seja firmado, há um processo técnico a ser seguido. As partes envolvidas têm de aceitar o acordo, ou seja, a Enel deve concordar com a transação de ativos, porque é a concessionária de energia no Estado. A EDP deve ser igualmente favorável à proposta de substituição e ao convite de vir para Goiás e a Aneel, a reguladora do setor no País, tem de dar seu aval ao processo.
A ministra pediu apenas um prazo para nos convocar novamente e nos dar uma alternativa para esse quadro que vem se evoluindo, um quadro danoso para a economia do Estado”, destacou o governador, ao final da reunião.
O secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano da Rocha Lima, explicou que a ministra em exercício, Marisete Pereira, irá conversar com o ministro Bento Albuquerque em busca de uma solução. “O Ministério se comprometeu a chamar novamente a Enel para propor a eles uma forma de conciliação pra ver se, a partir daí, a gente consegue uma solução amigável”, afirmou.
Em reunião realizada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira há dez dias, o governador já havia declarado que buscaria esse auxílio junto ao Ministério de Minas e Energia e à Aneel para fazer uma mediação, viabilizando a troca da distribuidora. Uma das empresas interessadas em assumir a antiga Celg D em Goiás é a EDP, uma companhia de origem portuguesa, que tem mais de 20 anos de operação no Brasil e atua na distribuição de energia elétrica em São Paulo e Espírito Santo.
Enel
Em nota, a empresa italiana destacou que não pretende vender os direitos de concessão da distribuição. A Enel afirma que, em 2019, cumpriu todas as metas previstas no plano de ações e investimentos, acordado com Ministério de Minas e Energia, Aneel e Governo de Goiás.
A empresa ainda lembra que foi a única a apresentar proposta para aquisição da Celg-D, no leilão de privatização.
Confira a nota na íntegra
A Enel Distribuição Goiás reafirma o seu compromisso com os clientes goianos, assumido na compra da companhia em 2017, e ressalta que não possui interesse em vender a concessão da distribuidora.
A companhia encerrou o ano de 2019 cumprindo todas as metas previstas no plano de ações e investimentos acordado em agosto com o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Governo Estadual para aumentar a oferta de energia e melhorar a qualidade do serviço no Estado. A empresa realiza reuniões periódicas com Ministério de Minas e Energia, o órgão regulador e o Estado de Goiás para acompanhamento do andamento das ações estabelecidas no plano.
Apenas entre agosto e dezembro de 2019, a Enel acrescentou 102 MVA de potência instalada ao sistema elétrico goiano, totalizando 102% do previsto para o período, e concluiu 709 novas conexões rurais, alcançando 103% do acordado. Em dezembro, a companhia entregou duas novas subestações, uma em Mineiros e outra em Anápolis, e uma grande ampliação na subestação Trindade, beneficiando, juntas, mais de 254 mil clientes. Hoje (23), a Enel inaugurou ampliação e modernização da Subestação Caldas Novas, que beneficiará cerca de 47 mil clientes. Até o fim de 2020, mais seis subestações serão concluídas e outras 120 serão ampliadas e modernizadas.
A Enel reitera que foi a única empresa a oferecer proposta para aquisição da Celg-D no leilão de privatização realizado pelo Governo Federal, demonstrando um claro sinal de confiança na capacidade de recuperação do sistema elétrico do estado, mesmo após anos de subinvestimentos no período estatal. A empresa continuará dedicando todos os seus esforços para melhorar a qualidade do serviço prestado e, apenas este ano, vai investir mais de R$ 1 bilhão em sua área de concessão, montante cerca de 5 vezes superior aos níveis históricos investidos antes da privatização.
A companhia acrescenta que os investimentos realizados em Goiás já resultaram em uma melhora significativa dos indicadores de qualidade medidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica, que alcançaram os melhores níveis da história da distribuidora e ficaram dentro das metas previstas no contrato de concessão para 2019. De novembro de 2018 a novembro de 2019, a duração média das interrupções no fornecimento de energia por cliente (DEC) reduziu em cerca de 5 horas, uma melhora de mais de 18%. Já o número médio de interrupções por cliente (FEC) registrou uma redução de 26,2% no mesmo período.
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