O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), confirmou nesta terça-feira (30) que é pré-candidato à Presidência da República em 2026 e rechaçou a possibilidade de uma união da direita em torno de um único nome já no primeiro turno. A declaração foi dada na saída do 3º Brasília Summit: Inovação, tecnologia e data centers, realizado pelo Lide e pelo Correio.
“Eu sou o candidato, sou o pré-candidato à Presidência da República, e enxergo o sistema eleitoral brasileiro definindo esses critérios”, afirmou. Para ele, o modelo político do país estimula que diferentes lideranças da oposição apresentem seus projetos, e a definição de quem seguirá para o segundo turno deve ocorrer de forma natural.
“O sistema eleitoral brasileiro não determina que você tem apenas um candidato da oposição e um candidato do governo. Ele determina que partidos com membros relevantes, capazes de debater o cenário nacional e mostrar resultados, não apenas teoria, devem se apresentar”, disse.
Caiado argumentou que a unificação das candidaturas oposicionistas antes da eleição interessa apenas ao governo federal. “O governo sempre quer construir um adversário único no primeiro turno, que é a única chance que ele tem de ganhar a eleição”, declarou.
O governador defendeu que o nome da oposição será consolidado após a primeira etapa da disputa. “Depois, aquele que emergir do primeiro turno deverá, sem dúvida alguma, receber o apoio. Para todo analista minimamente entendido de política, sabe que a migração do eleitorado irá para aquele que atravessou o primeiro turno”, destacou.
Questionado sobre uma possível divisão da direita, Caiado minimizou e disse que o processo democrático exige respeito à vontade popular. “Cada um tem sua importância e relevância em suas áreas. Isso estimula o processo político, e aquele que chegar vai imediatamente ter apoio dos demais”, avaliou.
Relação com Bolsonaro
Ao comentar sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Caiado afirmou manter uma relação “boa e respeitosa”. Segundo ele, não há dificuldades em dialogar. “Das últimas visitas que ele fez para Goiás, não tive nenhuma dificuldade de conversar com ele, nem com o Brasil”, afirmou.
O governador acrescentou ainda que já solicitou autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para visitar Bolsonaro, que está proibido de manter contato com outros investigados em processo que apura suposta tentativa de golpe de Estado. “Eu já fiz esse pedido há bastante tempo. Ainda não tive a resposta”, disse.
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