Durante reunião com empresários da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e do Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ), nesta segunda-feira (27), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), afirmou que o Brasil “não irá resistir” a um novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diante do aumento dos gastos públicos e da alta carga tributária.
O goiano, que é pré-candidato à Presidência da República em 2026, comparou um eventual “governo Lula 4” ao segundo mandato de Dilma Rousseff, marcado por recessão e desemprego. “Um governo Lula 4 seria igual à Dilma 2, ou seja, quebrou empresas e deixou 4 milhões de brasileiros desempregados. Esse colapso vem em decorrência do desrespeito ao arcabouço fiscal”, afirmou o governador.
Com base em dados do Tesouro Nacional e do Banco Central, Caiado alertou que a carga tributária federal já ultrapassa 32% do PIB, enquanto a produtividade do país não acompanha o ritmo da arrecadação. “Os estados e municípios mantêm equilíbrio, mas o governo federal concentra poder e impostos, drenando recursos da sociedade para sustentar uma máquina cada vez mais cara e ineficiente”, destacou aos empresários fluminenses.
O governador também criticou o que classificou como “compromissos fora do orçamento” assumidos pelo governo Lula em ano eleitoral, com medidas de incentivo e isenções voltadas a setores estratégicos. “Há um crescimento do gasto público. Estamos chegando hoje a uma relação dívida/PIB com previsão de alcançar 94% em alguns anos, enquanto a capacidade de crescimento gira em torno de 28%. Ao mesmo tempo, o descompasso do financiamento público chega a quase R$ 1 trilhão”, alertou.
Caiado comparou o momento atual com o período anterior ao impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, ao afirmar que a crise da petista não foi externa, mas consequência de “irresponsabilidades do primeiro mandato”. “Os exageros e excessos que provocaram o desemprego de 4 milhões de brasileiros tornarão o ‘Lula 4 em uma Dilma 2’”, disse.
Em tom de advertência, o governador concluiu que o reflexo fiscal das políticas atuais ainda não foi sentido pela população. “Tivemos crises com dívida/PIB alta, como na pandemia e na crise imobiliária americana. Agora, em menos de três anos, o Brasil sai de uma projeção de endividamento de 72% para chegar a cerca de 84% no ano que vem”, enfatizou.
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