O governador Ronaldo Caiado anunciou nesta quinta-feira (14) que adiou a publicação de um novo decreto que definiria medidas mais rigorosas para estimular o isolamento social em Goiás. Em várias entrevistas nesta manhã, Caiado sinalizou que não há consenso de prefeitos, entidades e seria inútil publicar uma nova normativa se não houver adesão popular.
“Do quê adianta um decreto se não tiver apoio como tivemos no primeiro? Eu continuarei o diálogo, não encerrarei o diálogo. Não adianta apenas a vontade do governador se as demais entidades, autoridades e pessoas não tiverem o mesmo sentimento”, afirmou em entrevista à TV Anhanguera.
A pressão de federações e entidades e a dificuldade de negociar com muitos prefeitos, que relutaram em fechar novamente a parte do comércio que foi flexibilizada, fez o governador recuar.
“Não vou publicar se não tiver sintonia com as lideranças do estado. Não vou baixar nenhum decreto letra morta. O primeiro decreto nós atingimos 70%, foi o maior isolamento do país”, disse à Rádio Sagres.
Algumas entidades, como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Goiânia (Abrasel-GO), já haviam marcado manifestação em carreata para esta sexta-feira (15). Na TV Anhanguera, Caiado criticou a ação. “Gente, não precisa fazer carreata. Eu não posso nem imaginar isso. Minha pauta é pública. Minha preocupação é em salvar vidas”, disse.
O governador afirmou que mantém diálogo permanente e não descartou um novo decreto quando houver consenso com demais autoridades. Ele ainda reforçou a preocupação com o Entorno do Distrito Federal e falou em ações pontuais para conter o crescimento da epidemia.
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