O candidato do Psol à prefeitura de Aparecida de Goiânia, Bruno Felipe, afirmou neste sábado (10), em entrevista ao Diário de Goiás, que o investimento em educação será o principal pilar de sua gestão, caso eleito. A proposta do professor de 30 anos de idade é zerar o déficit em creches do município.
“Zerar o déficit nas creches é um compromisso nosso. Vamos investir pesadamente em educação”, prometeu.
O reforço no orçamento da educação, esclarece o candidato, viria de cortes classificados por ele como supérfluos. “Temos que disciplinar determinados gastos, como com propaganda, pessoal que tem supersalário e cargos comissionados não essenciais, para remeter a áreas essenciais da administração”, frisou.
Bruno Felipe também defende priorizar investimentos em infraestrutura para regiões mais carentes de Aparecida de Goiânia. “Precisamos fazer administração na atenção ao povo mais pobre, da periferia, que precisa de políticas públicas e orçamentárias bem específicas”, afirmou. Ele citou como principais obras nesses setor a universalização de asfalto e esgoto.
Otimismo e críticas à atual gestão
O candidato do Psol aparece com 1,2% das intenções de voto na pesquisa estimulada Serpes/O Popular, divulgada em 3 de outubro. Bruno Felipe avaliou positivamente o resultado do primeiro levantamento em Aparecida.
“Estamos em um partido sem estrutura alguma. Não deveríamos nem sequer aparecer nessa pesquisa. Se já aparecemos, as pessoas já começaram a olhar diferente para esse processo”, afirmou. Ele diz que está otimista e aposta em um “crescimento exponencial nas próximas semanas”.
Bruno Felipe destacou que sua chapa é uma candidatura do coletivo, feita para defender ideias de 15 anos do partido. Segundo ele, mesmo que o programa defendido pelo Psol não vença em 2020, ele será lembrado com mais carinho em outros pleitos. “Talvez não comigo, mas vencerão mais cedo ou mais tarde”, pontuou.
O psolista também fez críticas à gestão de Gustavo Mendanha, principalmente sobre o fisiologismo na administração emedebista, que tem apoio de 24 dos 25 vereadores. “Essa unanimidade é nociva para a democracia”, avaliou.
Segundo Bruno Felipe, o prefeito “gosta de colocar todo mundo debaixo do guarda-chuva e fingir que vivemos numa espécie de utopia onde todo mundo se abraça, dança e confraterniza”. O candidato do Psol também criticou o silêncio de Mendanha sobre o avanço do autoritarismo, os ataques à democracia e a permissão para que Aparecida “seja laboratório de militarismo nas escolas e violência policial”. Ele também acusou o emedebista de ser conivente com demolição de barraco de pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia.
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