Leilão de BRs de amanhã atrai menos grupos
Menos grupos se interessaram pelo lote de rodovias que o governo leiloa amanha, formado por trechos das BRs 060, 262 e 153 no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Cinco grupos apresentaram proposta, segundo informou ontem a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Na semana passada, o governo ofereceu a concessão da BR-163 em Mato Grosso e atraiu sete interessados.
Mesmo com menos concorrentes, o resultado é considerado positivo pelo governo. A avaliação é que os cinco garantirão uma disputa forte, o que aumentará a possibilidade de deságio elevado. Na BR-163, o desconto sobre a tarifa máxima foi de 52%. Na BR-050 em Goiás e Minas Gerais, leiloada em setembro, o deságio atingiu 42,38%.
Segundo fontes do setor privado, o lote de rodovias a ser leiloado amanhã é o último na prateleira do governo a despertar interesse certo. Há outros dois leilões programados para este ano, o da BR-163 em Mato Grosso do Sul e da BR-040 em Minas Gerais e Goiás, mas há dúvidas se receberão propostas. O próprio governo reconhece isso, e a estratégia adotada foi oferecer primeiro os mais atraentes.
A BR-163 em Mato Grosso foi bem disputada porque é um trecho rodoviário muito movimentado, por servia de escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste. As empresas se interessaram também porque boa parte da via já está duplicada ou em obras de duplicação, com recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Um dos pilares do programa de rodovias é que todos os trechos terão de estar duplicados em cinco anos.
Movimento. O lote a ser leiloado amanhã é semelhante à rodovia mato-grossense. Também nesse caso, as duplicações são volumosas. Dos 1.176,5 quilômetros a serem concedidos, 528,7 já estão duplicados. Por causa disso, a tarifa máxima foi fixada num valor não muito elevado: R$ 5,94 a cada 100 quilômetros.
Já a BR-163 em Mato Grosso do Sul tem uma situação diferente. Dos 847,2 quilômetros a serem concedidos, apenas 28,6 quilômetros estão duplicados. Para cobrir os investimentos, ficou prevista uma tarifa de pedágio elevada, de no máximo R$ 9,20 para cada 100 km.
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