A postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não recuar diante das novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos gerou forte repercussão nas redes sociais nesta quarta (30) e quinta-feira (31). A movimentação virtual foi intensa, especialmente no X (antigo Twitter), onde termos como “Sentiu” e “Soberania” figuraram entre os assuntos mais comentados do país.
A reação do público nas redes reflete uma onda de apoio à resposta brasileira frente à política tarifária norte-americana, que impõe taxa de 50% sobre a importação de diversos produtos brasileiros. A decisão foi atribuída ao presidente Donald Trump e gerou protestos de usuários brasileiros, que passaram a interpretar o posicionamento de Lula como um ato de resistência nacional.
“E aí, sentiu orgulho de ter um presidente à altura do Brasil?”, escreveu um internauta. “Soberania ou nada”, dizia outro post amplamente compartilhado. Em outra publicação, um usuário celebrou a firmeza do governo: “Pense na moral que Lula ganhou com o mundo quando não se rebaixou aos Estados Unidos. LULA VENCEU. SENTIU”.
Essa com certeza é a capa da década.
— Bruno Brezenski (@bbbrezenski) July 31, 2025
E ai sentiu orgulho de ter um presidente a altura do Brasil?
Viva o Brasil que se opõem a tirania, não importando o tamanho.
Soberania ou nada.🇧🇷 pic.twitter.com/M9XcmD5i9y
A movimentação digital teve também tom de convocação para um boicote simbólico contra produtos norte-americanos, com menções diretas à reação do público canadense em casos semelhantes: “Após a agressão dos EUA, vamos fazer igual aos canadenses e realizar um BOICOTAÇO aos produtos estadunidenses. Soberania é inegociável”.
Lula à imprensa internacional
A reação nas redes foi impulsionada pela entrevista concedida por Lula ao jornal norte-americano The New York Times, em que o presidente brasileiro criticou a falta de diálogo por parte do governo dos Estados Unidos. Lula relatou que enviou ministros e representantes do alto escalão para buscar uma solução negociada, mas não houve abertura por parte da administração americana.
A fala mais repercutida da entrevista ganhou força em uma montagem viral com os dizeres: “Ninguém desafia Trump como o presidente do Brasil”, acompanhada de uma foto de Lula estampada pelo NYT.
Alexandre de Moraes também vira alvo de apoio
Outro tema que dominou as redes sociais foi o anúncio do governo dos EUA de aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A legislação é utilizada pelos EUA para sancionar autoridades estrangeiras acusadas de graves violações de direitos humanos.
A medida foi interpretada como uma retaliação política, com base na atuação do magistrado em processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O Departamento de Estado americano afirmou que Moraes “autorizou detenções arbitrárias e suprimiu a liberdade de expressão”.
No entanto, a reação nas redes brasileiras foi de apoio massivo ao ministro, com elogios ao seu papel durante os últimos anos.
“Se não fosse esse ministro, hoje estaríamos sob a ditadura Bolsonaro. Apoio total e irrestrito ao Alexandre de Moraes! Xandão, estamos com você”, afirmou um internauta. “Alexandre de Moraes que já era muito bom, agora entrará para os livros de história como figura importante que salvou a democracia no Brasil”, publicou outra.
Alexandre de Moraes que já era muito bom, agora entrará para os livros de história como figura importante que salvou a democracia no Brasil, enfrentou um ditador norte-americano e vai virar exemplo a ser seguido em todo o continente americano. pic.twitter.com/JObdP18Fei
— Rê (@crushdobbb20) July 30, 2025
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