Uma pesquisa da Datafolha revelou, neste sábado (13), que 15% dos brasileiros apostam ou já apostaram em aplicativos de jogos online envolvendo esporte, chamados de bets. Ou seja, em números, são mais de 30 milhões de pessoas, um pouco menos da metade que disse ter apostado, mas não apostam mais, e o restante que continua apostando.
Em valores, o gasto médio mensal entre o total de pessoas que apostam é de R$ 263, mais de 18% do salário mínimo de 2024. O que justifica o alto lucros das empresas, que estão investindo cada vez mais em publicidade – ônibus, outdores, redes sociais e até na TV – lucrando ainda mais e, consequentemente, angariando mais “clientes” jogadores.
Um dado que assusta ainda mais do que o dinheiro gasto pelas pessoas, é de que o número de jovens entre 16 e 24 anos que jogam são o dobro da média, ou seja, 30%. Além disso, mais da metade dos apostadores afirmou na pesquisa que perdeu mais dinheiro do que ganhou.
A pesquisa foi realizada em 5 de dezembro de 2023, com 2.004 entrevistas presenciais em 135 municípios, com pessoas de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
Em contrapartida, há, ao menos, por parte do governo Lula (PT) um trabalho em prol da regulamentação desde o ano passado. A nova lei para definir taxação e funcionamento das empresas, que também deverão se credenciar para atuar no Brasil já foi aprovada.
Já a regulamentação total deve ser finalizada no primeiro semestre deste ano e, durante a tramitação do projeto de lei das apostas esportivas na Câmara, foi incluído nessa categoria, além das apostas esportivas, também os jogos online, onde entram cassinos e outros jogos de azar em ambiente virtual. Para o governo, além de haver um controle em relação à transparência das empresas, há, também, uma forma de maior arrecadação de dinheiro com os impostos que devem ser pagos por estas bets.
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