23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:43

Brasileiro é executado na Indonésia e Dilma chama embaixador

Brasília – O Palácio do Planalto confirmou a execução neste sábado em Jacarta, às 15h31 (horário de Brasília), do brasileiro Marco Archer. A presidente Dilma Rousseff, em nota, disse estar “consternada e indignada” com o ocorrido. Marco Archer foi condenado à morte após ter sido julgado e condenado por ter ingressado na Indonésia com 13 quilos de cocaína, há 11 anos.

Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff tentou, em telefonema, convencer o presidente da Indonésia, Joko Widodo, a suspender a execução do brasileiro de 53 anos, ressaltando que fazia um “pedido humanitário“, “como chefe de Estado e mãe“. Mas, não teve sucesso na tentativa.

Para a presidente Dilma, a decisão do presidente indonésio “afeta gravemente as relações entre nossos países“. A nota do governo brasileiro informa ainda que o embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.

Este é um dos primeiros gestos na diplomacia de demonstração de estremecimento nas relações bilaterais. A nota diz ainda que “o recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países“.

No comunicado do governo brasileiro distribuído na tarde deste sábado, o Palácio do Planalto lembrava que “sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a presidenta Dilma dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país“.

Ainda de acordo com o Planalto, “a presidente Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo“.

E acrescenta: “o recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países”. E conclui dizendo que “nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada“.

(Estadão Conteúdo)

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