SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após quase duas décadas de comando, Carlos Ghosn deixará a presidência da Nissan Motors. O executivo brasileiro, que comandou a reestruturação da montadora no fim da década de 1990, continuará à frente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e de outros negócios do grupo.
De acordo com comunicado divulgado pela fabricante de automóveis, Ghosn deseja se concentrar mais no crescimento da Aliança.
“Estou confiante de que a equipe de gerenciamento que desenvolvi na Nissan nos últimos 18 anos tem o talento e a experiência necessários para atingir os objetivos operacionais e estratégicos da empresa”, disse Ghosn no comunicado. Ele será sucedido por Hiroto Saikawa, que está na Nissan desde 1977.
Quando assumiu o cargo de diretor-presidente da Nissan, em 1999, Ghosn encontrou a montadora japonesa á beira da falência.
Com cerca de US$ 20 bilhões em dívidas, a empresa precisou de um tratamento de choque na época. Houve demissões, encerramento de parcerias e fechamento de linhas de produção pouco produtivas.
Hoje, a empresa está entre as maiores do setor automotivo. O grande movimento do grupo em 2016 foi assumir o controle acionário da Mitsubishi Motors, que esteve envolvida em problemas ambientais por fraude em dados de emissões de poluentes.
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