07 de agosto de 2024
Retomada do Crescimento

Brasil tem menor taxa de desemprego em oito anos, segundo Ipea

Nos últimos 12 meses, todos os setores tiveram criação de empregos, com destaque para o comércio, os serviços administrativos, a indústria de transformação e a construção civil
Fila de desempregados no mutirão do emprego. foto: Agência Brasil
Fila de desempregados no mutirão do emprego. foto: Agência Brasil

O Brasil continua mostrando sinais de recuperação do mercado de trabalho, após enfrentar os impactos da pandemia de covid-19. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no país foi de 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril de 2023, a menor desde o primeiro trimestre de 2015, quando era de 8%.

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Os dados foram calculados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). A melhora das variáveis ligadas aos rendimentos, subocupação e desalento confirmam o cenário otimista para o mercado de trabalho.

A queda do desemprego está diretamente ligada ao aumento da população ocupada, que chegou a 99 milhões de pessoas em abril deste ano, o maior patamar desde 2015. Em relação ao mesmo período de 2022, houve um crescimento de 1,5% no número de trabalhadores.

“Adicionalmente, enquanto a ocupação formal registrou crescimento médio interanual de 3,2%, no último trimestre, encerrado em abril, a população ocupada informal apresentou retração de 0,6%, nessa mesma base de comparação”.

Ipea

Já a população desocupada, que abrange as pessoas que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho, recuou de 11,9 milhões em abril de 2022 para 9,1 milhões em abril de 2023, uma redução de 19,9%.

Queda no número de desalentados

Olhando para a pesquisa, a melhora das condições do mercado de trabalho se traduz também na queda no número de desalentados. São as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuram emprego por achar que não vão encontrar. Em abril deste ano, havia 3,5 milhões de pessoas nessa situação, o menor contingente desde setembro de 2017. Além disso, os trabalhadores subocupados, que são aqueles que trabalham menos do que 40 horas semanais tendo disponibilidade e desejando trabalhar mais, eram 6,4 milhões em abril deste ano, representando 6,5% do total da ocupação.

“Uma possível explicação é a melhora do mercado de trabalho que pode estar gerando uma necessidade menor de compensar perdas de emprego e/ou rendimento domiciliares, possibilitando que demais membros da residência possam se dedicar exclusivamente a outras atividades”.

Ipea

Emprego em todos os setores da economia

A expansão da ocupação ocorre de forma generalizada, envolvendo todas as regiões, todos os segmentos etários e educacionais e atingindo todos os setores da economia. Entre os setores que mais criaram vagas de emprego formal estão o comércio, a indústria de transformação, os serviços administrativos e a construção. Por outro lado, a maior parte das novas vagas está sendo gerada nos segmentos informais da economia, como os empregados sem carteira assinada e os trabalhadores por conta própria.

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O desafio do governo

Os dados mostram um aquecimento do mercado de trabalho brasileiro e a economia da sinais de recuperação pós pandemia, mas ainda há desafios a serem superados. Entre eles estão a melhoria da qualidade dos empregos gerados, a redução das desigualdades regionais e sociais e a capacitação dos trabalhadores para as novas demandas do mercado.


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