22 de dezembro de 2024
Defesa agropecuária

Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo federal

A medida abre caminho para o Brasil poder exportar carne bovina para países que só compram de mercados livres da doença sem vacinação
O reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação ao país é feito pela OMSA. (Foto: Agrodefesa/Divulgação).
O reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação ao país é feito pela OMSA. (Foto: Agrodefesa/Divulgação).

O Brasil avança no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA) e se torna totalmente livre da febre aftosa sem vacinação. O anúncio autodeclaratório da evolução da situação sanitária do país foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao lado do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, no anexo II do Palácio do Planalto, nesta última quinta-feira (2).

A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas. “O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro, destacando que a medida abre caminho para o Brasil poder exportar carne bovina para países que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, que é um estágio extremamente elevado de sanidade animal e de boa defesa agropecuária.

Geraldo Alckmin

A última ocorrência da doença em território nacional foi em 2006, seguida da implementação de zonas livres, que deram sustentação ao desataque do país como líder mundial no comércio de proteína animal, em bases sustentáveis. Ao todo, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

O reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação ao país é feito pela OMSA. Para isso, a Organização exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil prevê apresentar o pleito ao reconhecimento para à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto de 2024. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Com informações de Agência Brasil


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