12 de agosto de 2024
Economia

Brasil pode destravar exportações de carne bovina in natura para Arábia Saudita

Brasil pode destravar exportações de carne bovina in natura para Arábia SauditaBrasília e São Paulo – O Brasil tem chances de destravar as exportações de carne bovina in natura para a Arábia Saudita. Esta semana, representantes do reino árabe fizeram uma série de visitas e vistorias em plantas frigoríficas que podem dar fim a suspensão que teve início em 17 de dezembro de 2012. Também está em pauta uma expansão das vendas de frango para o país.

O grupo de sauditas esteve reunido, nesta sexta-feira, 12, com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, em Brasília. No encontro, eles apresentaram considerações sobre as fábricas e plantas de bovinos e aves avaliadas e fizeram recomendações. A Arábia Saudita está em fase final de avaliação para retomar as importações de carne bovina in natura do Brasil.

Na última semana, eles visitaram frigoríficos no Pará, Mato Grosso e Pernambuco, passando por duas fazendas, um laboratório e seis frigoríficos. Com o objetivo de expandir as compras de carne e outras partes de aves, os sauditas visitaram seis unidades produtoras, um laboratório e uma granja.

A reabertura da Arábia Saudita é considerada um passo importante para o crescimento do comércio de carnes in natura, daria quase que um selo de credibilidade que diminuiria resistências frente a outros mercados árabes.

Segundo especialistas, essa abertura tem potencial para ajudar a destravar negociações com países do Golfo Pérsico, como Kuwait, Bharein, Omã, Emirados Árabes Unidos e Catar. No ano passado, a exportação total do Brasil para a Arábia Saudita, incluindo outros produtos além de alimentos, somou US$ 2,542 bilhões e 5,332 bilhões de quilos.

Desse total, US$ 1,217 bilhão foi em carnes, pedaços e miudezas de aves. Em 2012, a Arábia Saudita, assim como o Egito, suspendeu a importação de carne bovina in natura em decorrência de um caso de doença da vaca louca que havia sido registrado no Paraná dois anos antes. As vendas da proteína para o reino saudita, naquele ano, haviam somado US$ 200 milhões.

No mesmo período, China, Japão e África do Sul também levantaram barreira semelhante para o produto brasileiro. Esse diálogo com os árabes faz parte do esforço que o Ministério da Agricultura deu início depois da posse de Kátia Abreu na pasta. Recentemente foi negociado a reabertura de oito plantas frigoríficas de bovinos para venda de carne para os chineses. Nos próximos meses, a ministra deve realizar uma missão à China e à Rússia para tentar fechar novos acordos de abertura comercial. (Fonte Estadão Conteúdo)


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