19 de novembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:35

Brasil fecha 117 mil vagas de trabalho com carteira assinada em novembro

Em novembro, a quantidade de demissões de vagas com carteira assinada superou as contratações em 116,7 mil, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho.

O mês passado foi o 20º mês consecutivo em que o país demitiu mais trabalhadores do que contratou. Analistas consultados pela Bloomberg esperavam fechamento de 72 mil vagas.

O saldo negativo foi melhor que o registrado em novembro do ano passado, quando as demissões superaram as contratações em 130,6 mil, o pior resultado para o mês na série histórica do Ministério do Trabalho, que tem início em 1992.

A indústria de transformação, com a eliminação de 51,8 mil postos de trabalho, e a construção civil, com 50,8 mil vagas com carteira assinada a menos, foram os destaques negativos. Na indústria, segundo o Caged, a queda no número de postos de trabalho ocorreu principalmente em produtos farmacêuticos (redução de 12,2 mil postos de trabalho), alimentícios (8,4 mil vagas a menos) e de calçados (4 mil postos de trabalho a menos).

No acumulado do ano, foram perdidas em todos os setores acompanhados pelo Caged 858,3 mil vagas. Essa perda foi 2,16% menor do que o registrado de janeiro a novembro de 2015, de acordo com o Ministério do Trabalho.

Em 12 meses, o país acumula uma perda de 1,5 milhão de postos de trabalho formal.

Nesta quinta, o IBGE também divulgou a taxa de desemprego no país, que chegou a 11,9% e atingiu 12,1 milhões de brasileiros. A taxa foi a mais elevada já registrada da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Comércio

Assim como ocorreu em outubro, o comércio foi o único setor que gerou vagas com carteira assinada em novembro, com a geração de 58,9 mil postos de trabalho.

Esse aumento foi devido principalmente ao setor varejista, que gerou 57,5 mil desses postos de trabalho -dentro desse setor, os campeões de geração de vagas foram vestuário e acessórios, supermercados, comércios de calçados e artigos para viagens.

Folhapress

Leia mais:


Leia mais sobre: Brasil