18 de novembro de 2024
Brasil

‘Brasil está mais para Walking Dead do que House of Cards’, diz procurador

Em manifestação nas redes sociais, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, disse neste sábado (20) que o Brasil vive “uma história de horror” após as revelações de corrupção por executivos delatores da JBS.

Para ele, que defendeu punição de todos os envolvidos em ilegalidades, o Brasil está “mais para The Walking Dead” do que House of Cards -numa referência a duas séries de TV, a primeira sobre zumbis e a segunda sobre a política americana, cujo enredo vem sendo comparado à crise política nacional.

“[É] um país de zumbis morais”, afirmou, em nota no Facebook, em que diz se posicionar “como cidadão”.

Para ele, as gravações do presidente Michel Temer (PMDB) feitas pelo delator Joesley Batista são “estarrecedoras”, e não há “relativismo moral” nem justificativa econômica que explique a conversa.

“Nem me venham dizer que devemos tapar o nariz para isso, na esperança de uma volta à normalidade do sistema econômico”, escreveu. “As motivações econômicas não podem justificar que esses cadáveres insepultos continuem entre nós.”

Lima afirma que, nas escutas, estão “explicitadas as bases de tudo o que de errado, podre e vil a Operação Lava Jato tem tentado mostrar”.

Ele ainda critica a “cegueira ética intencional” daqueles que aplaudiram a Lava Jato quando revelou “a podridão dos governos do PT” e, agora, “desejam fechar os olhos” às suspeitas contra políticos do PSDB e PMDB.

O procurador Deltan Dallagnol, também da força-tarefa da Lava Jato, voltou a defender neste sábado uma reforma política e do sistema de justiça.
Para ele, é preciso responsabilizar e afastar todos os políticos que comandaram esquemas de corrupção, segundo publicou em nota no Facebook.


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