O Brasil é o 79º país do mundo, entre 168 países, mais impactado por eventos climáticos extremos, como tempestades e ciclones tropicais, em 2017. O país subiu 10 posições em relação ao ranking do ano anterior do chamado Índice Global de Risco Climático.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (4) pela organização ambiental alemã Germanwatch durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O evento está sendo realizado em Katowice, Polônia, até o dia 14 de dezembro.
De acordo com o relatório, de 1998 a 2017, mais de 145 mil pessoas morreram no Brasil devido a eventos climáticos. Só no ano passado foram pelo menos 30 mortes. Em 20 anos, a média anual dos custos financeiros das catástrofes para o país soma mais de US$ 1,7 milhão.
O estudo considera o quanto os países foram impactados por eventos climáticos no ano passado e no período de 1998 a 2017. A pesquisa concluiu que oito em cada dez nações afetadas por catástrofes climáticas são pobres ou em desenvolvimento.
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Em todo o mundo, o ano e 2017 foi o que mais registrou perdas relacionadas ao clima na história. O relatório mostra que 526 mil pessoas morreram em mais de 11,5 mil desastres naturais de 1998 a 2017. As perdas financeiras neste período somaram US$ 3,47 trilhões.
Porto Rico, Sri Lanka e República Dominicana lideraram o ranking de catástrofes no ano passado. O furacão Maria foi o principal evento que atingiu Porto Rico e República Dominicana, tirando a vida de mais de 3 mil pessoas nesses países.
No caso do Sri Lanka, o impacto climático foi causado pelas enchentes e desmoronamentos provocados pelas chuvas de monção. Considerando os últimos 21 anos, Porto Rico se mantem na liderança, seguido de Honduras e Myanmar, afetados por furacões e ciclones.
Os Estados Unidos, que subiram 16 posições no ranking, e estão no 12° lugar no índice de 2017, com 389 fatalidades e perdas de US$ 173,8 bilhões.
Os pesquisadores explicam que o índice indica o nível de exposição e vulnerabilidade a eventos climáticos, mas não necessariamente permite avaliar as projeções futuras e possibilidades de novas ocorrências. Eles esclarecem ainda que nem todos os impactos podem ser atribuídos à alteração da temperatura.
Contudo, os autores alertam que as catástrofes podem aumentar em quantidade e gravidade se o clima continuar aquecendo e que, além de trabalhar para mitigar a alteração do clima, é importante focar em como evitar perdas e danos nas negociações internacionais que estão em curso durante a COP 24, na Polônia.
Com informações da Agência Brasil
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