26 de dezembro de 2024
Leandro Mazzini

Brasil barra reeleição da Bancada de Youssef

 

O Brasil afastou da Câmara dos Deputados a maioria da bancada de Alberto Youssef, preso pela PF. São os políticos que teriam recebido propinas do doleiro nos últimos anos, segundo denúncia da PF. O federal Luiz Argolo (PP-BA) até que tentou, mas obteve só 63 mil votos. Quem ficou de fora também foi Vaccarezza (PT-SP), com 50 mil votos. Aline Correa (PP-SP) desistiu de concorrer, e João Pizzolatti (PP-SC) foi barrado pelo partido. André Vargas e Pedro Corrêa, também desta turma que visitava Youssef, ficaram sem mandatos. O petista porque não se candidatou, e Correa por ter sido preso no processo do mensalão.

Mas..

Dos suspeitos de receber dinheiro de Youssef, foram eleitos os federais Arthur Lira (PP-AL), com 98.231 votos, e Nelson Meurer (106.478 votos), o 18º mais votado do Paraná.

Vai, Junior!

Esperto, o ex-ministro Mario Negromonte, também ex-visitante de Youssef, correu por fora: elegeu o filho federal, Mario Junior, o 2º mais votado da Bahia: 169 mil votos.

Ele voltou

Apeado do cargo sem provas pela presidente Dilma, por suspeita de rolos no Ministério do Esporte, Orlando Silva foi eleito federal pelo PCdoB de SP com 90 mil votos.

Pernambuco ‘expulsa’ PT

O PT sofreu lavagem em Pernambuco. Os apelos de Dilma e Lula não adiantaram. O PT não elegeu o candidato ao Senado João Paulo, nenhum federal e apenas dois estaduais: Odacy Amorim e Teresa Leitão. O ex-prefeito do Recife João da Costa, e o adjunto do ex-ministro da saúde Alexandre Padilha, Mozart Sales, também dançaram.

Dançou também

Para piorar, Armando Neto (PTB), candidato de Lula e Dilma que liderou a disputa por boa parte da campanha até a morte de Eduardo Campos, perdeu o governo no 1º turno para o ‘poste’ de Campos, Paulo Câmara.

G3 + Luciana

Veja como o G3 – apelido do grupo Dilma, Aécio e Marina – dominou o cenário: a 4ª colocada foi Luciana Genro (PSOL), com 1,6 milhão de votos. Deixou para trás Pr. Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge, com votos potenciais dos evangélicos e dos verdes.

Agenda feita

Vença ou não a eleição, Dilma vai tirar 10 dias de descanso numa praia da Bahia, seu litoral preferido. Lá, foi eleito ao governo Rui Costa, ‘poste’ de Jaques Wagner.

Vira-vira

Sobre a reviravolta que elegeu Costa: Wagner não acredita em pesquisas. O governador lembra que a poucos dias da eleição em 2006, estava em 3º lugar e foi eleito.

Vai uma gelada ?

O todo-poderoso deputado federal eleito Eduardo Cunha (PMDB-RJ) esteve meses atrás com Jorge Paulo Leeman, o maior bilionário brasileiro, em sua casa na Suíça. Leeman é proprietário da Ambev, que financiou a campanha de Cunha.

Na trave

A imprensa perdeu um representante na Câmara. O prestígio de Eduardo Campos não conseguiu eleger o seu ex-assessor Evaldo Costa. Nascido na Paraíba, transferiu o seu título eleitoral para lá. Candidatou-se a federal pelo PSB. Só obteve 11.141 votos.

Jarbas é Aécio

Ex-governador, ex-senador e agora deputado federal, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o vice-governador eleito, Raul Henry, já decidiram que vão apoiar Aécio Neves no 2º turno. Ódio a Dilma e ao PT os fizeram decidir logo.

Sindicais e Dilma

A fim de conquistar o eleitorado da classe para Dilma, o secretário de Relações do Trabalho, Manoel Messias, convocou reunião para 20 de outubro, com as entidades do Fórum 30 Horas Já!, carga horária de trabalho defendida no PL 2295/00

Memória

Com holofote para a campanha, passou ‘em branco’ o dia 30 de setembro. Há 8 anos ocorreu o acidente que vitimou o Boeing da GOL. Os pilotos americanos do Legacy voam tranquilamente nos EUA.

Em Goiás

Em Pirenópolis, terra do governador Marconi Perillo (PSDB), Dilma quase empatou com Aécio: 6.004 da petista contra 6.210 de Aécio. Nem a aparição de Marconi ajudou.

Ponto Final

‘Desvio de dinheiro é natural e intrínseco ao setor público’

Cid Gomes, governador do Ceará

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Com Equipe DF, SP e Nordeste


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