O Botafogo obteve um grande resultado pelo Campeonato Carioca nesta quinta-feira. Após levar dois gols do Madureira em pleno Engenhão, a equipe mostrou ótimo poder de reação em segundo tempo forte para buscar a virada, por 4 a 2, e se igualar a Flamengo e Vasco, todos com sete pontos na ponta da classificação.
As modificações de Enderson Moreira e o ótimo poderio aéreo dos zagueiros foram determinantes para a segunda vitória do Botafogo no Estadual. Pipico fez dois gols e o Madureira ameaçou aprontar na casa botafoguense.
Porém, a reação veio em grande etapa final do líder. A entrada de Raí, destaque da Copinha, no intervalo, acertou a armação do Botafogo, que engrenou e merecia até marcar mais que os quatro gols dos últimos 45 minutos. Os aplausos da torcida após o apito final serviram de reconhecimento pela reação e a bela apresentação.
O Botafogo entrou em campo pressionado pelo vitória para igualar os sete pontos de Flamengo e Vasco. Uma vitória por dois gols de diferença colocaria a equipe na liderança e a ordem era fazer valer o fator campo.
Matheus Nascimento quase marcou um golaço logo no início após driblar dois marcadores. Mas trocou o jeito pela força e desperdiçou a chance. O Botafogo alugava o campo de ataque quando o Madureira encaixou um raro lance ofensivo e Rafinha acabou derrubado na área por Kanu. Pênalti bem batido por Pipico
O Madureira que iniciou a partida com cinco atrás, se postou ainda mais na defesa. Mesmo diante de uma muralha, os mandantes tiveram inúmeras chances de empatar, até com o zagueiro Carli. A pontaria, porém, fez a desvantagem prevalecer até o intervalo.
Enderson Moreira voltou do intervalo com três mexidas para buscar a igualdade. Entre elas o menino Raí. Mas levou novo castigo logo aos oito minutos, novamente com Pipico. O atacante bateu na trave e o rebote sobrou para Diogo Carlos bater forte para a área. O centroavante desviou no meio do caminho e foi para o abraço.
O segundo gol causou indignação nas arquibancadas e os botafoguenses começaram a vaiar. Enquanto mostravam revolta com o resultado negativo, Kanu, de cabeça, recolocou o time no jogo em lance iniciado por Raí. Reação imediata, com o primeiro gol do zagueiro em 106 jogos no clube.
A revolta virou apoio e torcida novamente entusiasmada empurrando a equipe para enorme pressão. Em novo passe lindo de Raí, Diego Gonçalves perdeu cara a cara. O atacante se redimiu em tabela com Matheus Nascimento e gol de empate aos 17. Virou ataque contra uma defesa desarrumada e o goleiro Dida trabalhando bastante para tentar evitar a virada.
O Botafogo batalhou, sufocou, e chegou à virada com o outro zagueiro: Joel Carli, em duas tentativas após cobrança de falta da direita. Falhou na cabeçada, mas não com o pé direito. Logo depois, o zagueiro recebeu o terceiro amarelo e será desfalque diante do Nova Iguaçu, segunda-feira.
Ainda deu tempo para o Botafogo encaixar mais uma jogada rápida de ataque. Erison cruzou e Raí fechou sua noite mágica no Engenhão. Festa dos botafoguenses e da família do jovem nas tribunas.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 4 x 2 MADUREIRA
BOTAFOGO – Gatito Fernández; Daniel Borges, Kanu, Carli e Carlinhos (Jonhatan Silva) ; Fabinho, Breno e Felipe Ferreira (Raí); Diego Gonçalves (Barreto), Matheus Nascimento (Erison) e Vitinho (Luiz Fernando). Técnico: Enderson Moreira.
MADUREIRA – Dida; Rhuan, Mário Pierre, Edgar Silva e Feliphe Gabriel (Guilherme Zóio); Felipe Dias, Marino (Henrique Luiz) e Diogo Carlos (Sampaio); Erick Pulga, Rafinha e Pipico. Técnico: Alfredo Sampaio.
GOLS – Pipico (pênalti), aos 14 minutos do primeiro tempo; Pipico, aos 8, Kanu, aos 10, Diego aos 17, Carli, aos 32, e Raí, aos 40 do segundo.
CARTÕES AMARELOS – Kanu, Carli, Fabinho e Breno (Botafogo) e Mário Pierre e Rafinha (Madureira).
ÁRBITRO – Alex Gomes Stefano.
RENDA – R$ 59.250,00
PÚBLICO – 1862 pagantes (2141 total)
LOCAL – Estádio Engenhão.
(Conteúdo Estadão)
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