21 de novembro de 2024
Críticas

Bolsonaro visita Congresso antes da votação da reforma tributária: “extorsiva e comunista”

O ex-presidente pediu aos senadores do PL para que peçam aos bolsonaristas de outras legendas que votem contra o texto
Bolsonaro esteve na Câmara dos Deputados acompanhado do Embaixador de Israel, Daniel Zonshine. (Foto: reprodução)
Bolsonaro esteve na Câmara dos Deputados acompanhado do Embaixador de Israel, Daniel Zonshine. (Foto: reprodução)

Às vésperas da votação da reforma tributária no Senado, que foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) nesta terça-feira (7), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) jantou com toda a bancada do PL. Na sede do partido, ele designou os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Marcos Rogério (RO) para que passem aos bolsonaristas de outras legendas a recomendação de votarem contra o texto. As informações são do O Globo.

Na ocasião, Bolsonaro teria dito que a reforma tributária é “extorsiva e comunista” por ser de interesse dos governistas. Agora, o ex-presidente está na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (8), onde acompanhou o Embaixador de Israel, Daniel Zonshine, para assistir um filme que exibiu o ataque do Hamas no dia 07, início da Guerra na região, envolvendo a Palestina.

Ainda de acordo com O Globo, o ex-presidente tenta reverter a tendência observada na Câmara em junho, que deve ser seguida no Senado: a de que a reforma tributária passará. A articulação de Bolsonaro contra o texto não surtiu efeitos naquele momento e, desta vez, também não deve fazer muita diferença.

Mesmo assim, O GLOBO afirmou que, no Senado, a bancada está formalmente instruída a votar de forma contrária à proposta, o que pode dar certo trabalho já que são 12 parlamentares e, se mais de 49 votarem contra a reforma, ela não passa. Na Câmara, o PL liberou os seus parlamentares para que votassem da maneira que achassem pertinente, o que fez até com que deputados goianos votassem à favor.

Agora, porém, a tentativa dos bolsonaristas é, além da instrução de voto contra, fazer com que outros apoiadores filiados a outros partidos também votem da mesma foram. Vale lembrar que, na CCJ, o texto-base recebeu 20 votos de sim e o posicionamento contrário de seis senadores, todos do PL e outros ligados ao bolsonarismo como, por exemplo, Sergio Moro (União Brasil-PR).

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) tem de ser aprovada por ao menos 49 dos 81 senadores, em dois turnos.

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