O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deixou na tarde desta sexta-feira (9) sua casa em um condomínio na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para visitar uma agência do Banco do Brasil na região.
Ele saiu em uma comitiva de carros sem, contudo, os tradicionais batedores ou veículos com a identificação da Polícia Federal.
Na volta, a comitiva teve que passar pelo primeiro protesto na porta de seu condomínio desde que transformou o local em seu QG de campanha e agora de transição.
Funcionários de um órgão ligado ao Ministério da Saúde protestaram nesta tarde contra a proposta da mudança da sede do Rio para São Paulo.
Cerca de 20 funcionários terceirizados do Cenadi (Centro Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos), que funciona desde 1996 em Triagem, zona norte do Rio e recebe, armazena e distribui vacinas, estenderam faixas de protesto contra a possível mudança da sede.
Segundo os presentes, com a mudança cerca de 200 empregos estão ameaçados, entre funcionários que manipulam as vacinas, faxineiros, seguranças e limpeza.
Um dos líderes do movimento, o ex-funcionário do Cenadi Dilson Oliveira, 43, esclareceu que o protesto não é contra a figura de Bolsonaro especificamente, mas uma tentativa de chamar atenção do presidente eleito para a questão.
O grupo deixou um manifesto na portaria e tentou explicar aos seguranças do condomínio que não eram oposição.
“Não tem nada a ver com protesto. Não estamos aqui pedindo a liberação do Lula nem nada. É só para ele ficar sabendo da nossa situação”, disse Oliveira aos seguranças do local. O grupo não foi recebido pelo capitão da reserva ou qualquer emissário.
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