Após grande estresse no mercado financeiro com o acordo do governo para mudar o teto de gastos e financiar o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil em 2022, ano eleitoral, o presidente da República, Jair Bolsonaro, citou nesta quarta-feira, 27, que recebe sugestões para elevar o valor do programa. “Muita gente diz para eu passar para 600 que estou garantido na reeleição”, disse o chefe do Executivo em entrevista à Jovem Pan News
No entanto, Bolsonaro declarou que não pensa em política neste momento e sabe dos impactos econômicos de subir ainda mais o piso do Auxílio Brasil. “Imagina se eu falo em 600 do Bolsa Família, o que acontece com a bolsa e com o dólar?”, questionou. “Bagunça na economia não interessa para ninguém”, acrescentou.
Bolsonaro voltou a defender o lançamento do Auxílio Brasil neste momento de crise. “Temos que atender os mais pobres, Paulo Guedes tem coração”, disse.
Contudo, como mostraram o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e o jornal O Estado de S. Paulo, o governo ignorou sugestões de financiamento do programa para alterar o teto de gastos, considerado a âncora fiscal do País.
Apesar de o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, já ter admitido a mudança na regra, Bolsonaro voltou a dizer nesta quarta que não vai haver furo do teto. “Mas também não podemos deixar de olhar para o povo mais pobre”, declarou.
Julgamento do TSE
O chefe do Executivo ainda criticou o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de duas ações contra a chapa presidencial eleita em 2018 por compartilhamento de fake news. “Tem coisa que não tem que nem julgar, tem que arquivar”, avaliou o Bolsonaro.
Na terça, três ministros da Corte votaram contra a cassação. Restam agora quatro votos para encerrar o julgamento, que deve ser retomado na quinta-feira.
Por Eduardo Gayer – Estadão Conteúdo
Leia também:
- Ministério da Saúde atualiza diretrizes de vacinação contra a Covid-19 para quem tem viagens internacionais marcadas
- Gusttavo Lima fará show para 10 mil pessoas, em Morrinhos
- Mais de 18 milhões de brasileiros não voltaram para tomar segunda dose da vacina contra Covid-19
Leia mais sobre: Auxílio Brasil / ministério da economia / Paulo Guedes / Destaque / Política