15 de agosto de 2024
Política

Bolsonaro tem reunião com militares e manifestantes acham que Forças Armadas vão agir; saiba a verdade

De acordo com apurações, o encontro teve dois possíveis objetivos principais
Bolsonaro este com ministros do atual governo; o general Walter Braga Netto, vice na chapa do Bolsonaro neste ano e militares de alto escalão. (Foto: reprodução/Palácio do Planalto - ilustrativa - 1/11/22)
Bolsonaro este com ministros do atual governo; o general Walter Braga Netto, vice na chapa do Bolsonaro neste ano e militares de alto escalão. (Foto: reprodução/Palácio do Planalto - ilustrativa - 1/11/22)

O assunto ‘Forças Armadas’ continua em alta na internet e foi um dos mais comentados no Twitter depois que notícias sobre uma reunião do presidente Jair Bolsonaro (PL) com militares ser divulgada pela imprensa. O compromisso, que não constava na agenda de Bolsonaro, teve dois prováveis objetivos: um deles para organizar uma possível contestação da decisão de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre ação do PL que pedia anulação de 250 mil urnas eletrônicas. Este apurado pelo Estado de S. Paulo.

O outro motivo, apurado pela CNN, seria de que é preciso um sinal mais claro de Bolsonaro aos seus eleitores que insistem em fazer manifestações na frente de quartéis, com demandas inconstitucionais, como pedido de intervenção militar. Movimentações têm atrapalhado trabalho dos profissionais militares, gerado problemas de segurança. Ainda segundo a CNN, comandantes das três forças foram unânimes no posicionamento de que tais atos “não têm base legal”.

Ainda sobre a reunião, ocorrida na manhã desta quinta-feira (24/11), o presidente esteve com comandantes das Forças Armadas no Palácio da Alvorada, ministros do atual governo, o general Walter Braga Netto, vice na chapa do Bolsonaro neste ano, Marco Freire Gomes, comandante do Exército, Almir Garnier, da Marinha e Carlos de Almeida Baptista, da Aeronáutica.

Vale lembrar que a contestação de Moraes, do TSE, aconteceu na noite anterior, ou seja, na quarta-feira (23), quando o pedido do PL para anular o segundo turno das eleições foi negado e a coligação condenada a pagar uma multa de R$ 22,9 milhões, além de bloquear o fundo partidário da sigla e dos aliados Progressistas e Republicanos.

Por fim, uma reportagem da Folha de S. Paulo afirmou que, pouco depois de os militares deixarem o palácio, a assessoria de Bolsonaro anunciou que está prevista a participação dele em um evento na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) no próximo sábado (26), em Resende, no Rio de Janeiro.

Com isso, ao menos com as informações apuradas pela imprensa, de que não haverá movimentação das Forças Armadas para interferir no resultado das eleições. Claro que, tais fatos não são relevantes para quem acredita no contrário, pois, como diz reportagem da Folha, “as Forças Armadas são peça importante na estratégia bolsonarista de espalhar suspeitas sobre as urnas”. Além disso, o “presidente usou a participação de militares na comissão de fiscalização do TSE para difundir teorias da conspiração e para argumentar que o sistema não seria confiável”.


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