Em visita à Anápolis nesta quarta-feira (09/06), falando para lideranças religiosas, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) rememorava a trajetória no Palácio da Alvorada ao longo desses quase três anos de gestão. Para ele, seu governo ia muito bem, até que “veio a tal da pandemia” para atrapalhar com tudo. E em sua visão, alguns políticos tem usado o coronavírus para derrubá-lo.
Acompanhado do deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO) e do ministro da Educação, Milton Ribeiro, Bolsonaro ponderou que não sabia a origem da pandemia, mas imagina que há um objetivo por trás do contágio. “Depois veio a tal da pandemia… Ainda eu não tenho provas, mas, esse vírus nasceu de um animal ou nasceu num laboratório. Eu tenho na minha cabeça de onde ele veio e para quê. Mas ele está aí, entre nós.”
Para o capitão reformado, começaram a utilizar a pandemia de forma “política” com intenção de derrubá-lo. “Passamos por momentos dificeis e começou a utilizar-se politicamente o vírus. Vamos ‘fechar tudo’, lockdown, toque de recolher. ‘Pela economia, a gente tira esse cara daí’, ‘esse cara que fez com que as estatais não dessem mais prejuízo, comecem a dar lucro’, ‘esse cara que está começando a arrumar a economia dando esperança para gente’, ‘esse cara que acredita em Deus, que respeita seus militares’, ‘que acredita na família. Não é isso que nós queremos’”, destacou.
Autoridades sanitárias atentem que sem vacinas e um medicamento eficaz, a utilização de máscaras e o isolamento social são uma das poucas ferramentas para conter o avanço do coronavírus. Bolsonaro, no entanto, colocou em dúvida a eficácia da vacinação e defendeu o tratamento precoce para enfrentar a pandemia. “Eu pergunto: “a vacina tem comprovação científica ou está em estado experimental?” Estado experimental! Nunca vi ninguém morrer por tomar hidroxicloroquina em especial na região amazônica para curar a Malária ou lúpus. Por que não investir nisso? Porque é barato? Interessa-se a viver em cima de mortes para se ganhar mais recursos?”, indagou.
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