23 de dezembro de 2024
Declarações • atualizado em 13/07/2022 às 14:51

Bolsonaro sobre presidente da Petrobras: se tiver que trocar cinco vezes, troco

Presidente disse à apoiadores que trocará comando da empresa quantas vezes achar necessário
Bolsonaro falou com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. Foto:Reprodução/Twitter
Bolsonaro falou com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. Foto:Reprodução/Twitter

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 13, que está disposto a trocar o comando da Petrobras quantas vezes achar necessário. “Ah, ele trocou quatro vezes o presidente da Petrobras. Sim, se tiver que trocar cinco, eu troco. Não tem problema”, afirmou o presidente a apoiadores. “Ninguém quer trocar o presidente da Petrobras para interferir. Quer trocar porque ele não tem aquele sentimento social que está previsto em lei”, acrescentou.

Indicado por Bolsonaro, o atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, é o quinto chefe da estatal do atual governo. Ele foi nomeado em meio à ofensiva do Palácio do Planalto sobre a empresa para diminuir o preço dos combustíveis na bomba em ano eleitoral. Os presidentes anteriores caíram por resistirem à ingerência política de Bolsonaro sobre a Petrobras.

Aos apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a dizer que a Petrobras precisa ter lucro – embora ele mesmo já tenha chamado o lucro da empresa de “estupro” sobre a população brasileira. “Não é que a gente quer que a Petrobras não tenha lucro. Tem que ter lucro. Mas como estamos em época de guerra, o sentimento tem que ser diferente. É sacrifício para todo mundo”, declarou o presidente, pré-candidato à reeleição.

“Eu não tenho poder de interferir na Petrobras, nem tenho poder de interferir lá. A Dilma interferiu lá atrás. Depois mudaram a legislação”, seguiu Bolsonaro, em referência à lei das estatais aprovada no governo Michel Temer (MDB). Como mostrou o Broadcast Político, o Executivo deseja mudar o ordenamento jurídico para ampliar a influência política nas empresas públicas. (Por Eduardo Gayer/Estadão Conteúdo)


Leia mais sobre: / / Política