07 de agosto de 2024
Política

Bolsonaro sobre assassinato de petista: “Dispensamos qualquer apoio de quem pratica violência”

Jair Bolsonaro (PL) relembrou uma de suas frases em suas redes sociais, publicada em 2018, para se manifestar sobre o petista assassinado por um bolsonarista em Foz do Iguaçu neste sábado (9). O presidente do Brasil escreveu, entre outras palavras: “Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”. Confira na íntegra:

Apesar disso, também em 2018 foi o ano em que Bolsonaro também insinuou a vontade de “fuzilar a petralhada”. “Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas pra correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir pra lá. Só que lá não tem nem mortadela galera, vão ter que comer é capim mesmo”, disse Bolsonaro em evento no estado há quase 4 anos, simulando uma arma com um tripé de câmera.

Mesmo tendo essa atitude em 2018, fotografada e amplamente divulgada, o presidente conseguiu inverter a situação, como mostrado em suas publicações, ao dizer que quem é violenta é a oposição. Atitude de Bolsonaro, desta forma, acaba por inflar mais ainda o ódio entre as pessoas na polarização que vive o país atualmente.

Após as publicações de Bolsonaro, os seus filhos seguiram a mesma linha de condenar a violência, mas com críticas à oposição. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e vereador do RJ Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foram os que publicaram manifestações sobre o assunto. O primeiro disse que se tratava de um “ato isolado” e que “não precisamos de mais ‘Adélios'”, já o segundo acusou Lula de ter sido “o responsável pelo aumento da violência no Brasil”, e que Bolsonaro teria promovido “a maior redução [da violência] em décadas”. Apesar disso, não houve muitos apoiadores do presidente que comentaram o ocorrido.

Assassinato

O guarda municipal de Foz do Iguaçu (PR) foi morto a tiros no sábado (9) durante sua própria festa de aniversário de 50 anos, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Lula. Marcelo Arruda era filiado ao PT, chegou a ser candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020.

Segundo relatos, o atirador seria José da Rocha Guaranho, um agente penitenciário federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Em nota oficial, o PT afirma que Arruda foi assassinado pelo homem identificado com o bolsonarismo que, momentos antes do crime, havia interrompido a festa e ameaçado os presentes com uma arma na mão, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu. Conforme a nota, Marcelo Arruda foi abordado no estacionamento e tentou se defender com sua arma funcional e houve troca de tiros. Guaranho também foi ferido e está em estado grave no hospital.


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