Ao retornar ao Palácio da Alvorada, no fim da tarde da sexta-feira (04/10) o presidente da República, Jair Bolsonaro não quis se manifestar sobre a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais por suposto uso de candidaturas laranjas para acessar recursos do fundo eleitoral nas eleições de 2018.
Questionado, Bolsonaro disse que não comentaria a situação. “Sem comentários” disse repetidas vezes quando era questionado. “Não tem coisas boas para perguntar não? ‘Ralo’ o dia todo e não tem nenhuma coisa boa para perguntar?”, reclamou. Após isso, o presidente dirigiu-se e falou por aproximadamente 10 minutos com seus apoiadores na entrada da residência oficial.
Suspeitas
Álvaro é suspeito de, nas eleições de 2018, inscrever para disputar o pleito mulheres cujas candidaturas seriam uma forma de a legenda receber verbas públicas por meio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o fundo partidário. Parte deste dinheiro teria sido então desviado para empresas de pessoas ligadas ao diretório estadual do PSL
Segundo a denúncia, cerca de R$ 260 mil foram recebidos pelas candidatas, dos quais mais de R$190 mil foram repassados a outras candidaturas. À época dos crimes apontados, Marcelo Álvaro Antônio era o presidente estadual do PSL. Na denúncia, o ministro é citado por seu nome de batismo, Marcelo Henrique Teixeira Dias.
Por meio de nota, o ministro reafirma confiança na Justiça e reforça a convicção de que “a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada”. No texto, o ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018 e que seguirá à frente do Ministério do Turismo.
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