O presidente Jair Bolsonaro xingou apoiadores em live nesta quinta-feira (17). O presidente se irritou com as críticas ao voto do ministro Kassio Nunes Marques, seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a favor da obrigatoriedade da vacina contra a covid-19.
De acordo com Bolsonaro, Nunes Marques foi voto vencido. Ele foi, lembrou o presidente, o único a defender a tese de que apenas o governo federal poderia impor sanções a quem se recusar a ser vacinado, retirando esta autonomia de estados e municípios.
Bolsonaro afirmou que quem criticou o ministro não sabe interpretar e ofendeu os apoiadores. “Nas mídias sociais, os caras descem a lenha em mim: ‘Olha o teu ministro, que você botou no Supremo, olha o que ele fez’; ‘não voto mais em você’. Esculhambam a gente. Não sabem o que foi votado. Lógico que a esquerda bate palma para essa direita burra, direita idiota. Bateram palma para vocês. Vocês não sabem, não interpretam, não conseguem saber o que foi votado e descem o cacete”, reclamou.
“O que o senhor ministro Kassio falou? Que medidas restritivas poderiam ser impostas apenas pelo governo federal. Nada mais justo. Quando se fala em vacinação, em saúde, tem que ter hierarquia”, disse o presidente.
Bolsonaro disse que Nunes Marques teve posições com as quais ele concorda nas votações que negaram a possibilidade de amantes dividirem pensão por morte com a viúva ou viúvo e ao negar uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) em um processo que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Você, fedelho que está me criticando, eu não tenho ascendência sobre o ministro Kassio, eu indiquei para lá por aquilo que eu tenho de afinidade com ele. No momento, nada de errado. Se eu estivesse no lugar dele, eu teria votado nas três coisas da mesma maneira”, acrescentou Bolsonaro.
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