O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o que chamou de “interferência absurda de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)”. Além disso, voltou a dizer que, sem a implementação do “voto auditável”, o resultado das eleições em 2022 pode não ser reconhecido.
“Algum lado pode não aceitar o resultado. Esse obviamente é o nosso lado. Se Lula ganhar no voto auditável, sem problema algum, será a vontade popular”, afirmou nesta quarta, 7, em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.
Bolsonaro também atacou o ministro Luís Roberto Barroso por, segundo ele, fazer articulações dentro do Congresso contra a aprovação da emenda do voto impresso, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). “Barroso tem interesse pessoal nisso”, disse.
O presidente afirmou que, sem um sistema de recontagem dos votos, “vão arrumar problemas no ano que vem”. “Quem vai decidir eleição no ano que vem vai ser quem conta o voto. Hoje em dia, quem conta o voto é o TSE de forma secreta e sabemos qual é a vida pregressa do Barroso.”
“A democracia está ameaçada por alguns de toga que perderam a noção de até onde vai seus direitos, seus deveres”, disse.
Por Gustavo Côrtes, Matheus de Souza e Pedro Caramuru, Estadão Conteúdo
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