22 de dezembro de 2024
Brasil

Bolsonaro responde à críticas de Bachelet citando pai torturado na ditadura chilena e ataca: ‘Ela defende direitos humanos de vagabundos’

(Foto: Ravena Rosa/ Agência Brasil)
(Foto: Ravena Rosa/ Agência Brasil)

Na entrevista coletiva que Jair Bolsonaro costuma dar nas manhãs na porta do Palácio da Alvorada não poupou críticas a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet que hoje ocupa a cadeira de alta emissária na Comissão de Direitos Humanos, da ONU. Ela disse que o governo Bolsonaro está causando um “encolhimento do espaço democrático no Brasil”. O presidente da República não gostou da crítica e nesta quarta-feira (04/09) atacou: “Ela tá defendendo direitos humanos de vagabundos”, disparou.

Sobrou até para o pai de Michele, Alberto Bachelet, preso na ditadura chilena em 1974 e morto em decorrência do regime militar na prisão. “Se não fosse o pessoal do Pinochet derrotar a esquerda em 73, entre eles o seu pai, hoje o Chile seria uma Cuba. Eu acho que não preciso falar mais nada pra ela”, concluiu rindo.

O presidente da República ainda rememorou o confronto que teve com o presidente francês. Para Bolsonaro, após ‘perderem’ a “briga na agenda ambiental”, agora estão mirando a agenda de Direitos Humanos. “Eles perderam a briga na agenda ambiental, igual o Macron quis fazer com nossa soberania aqui. Agora, ela vai na agenda de direitos humanos. Tá acusando que eu não tô punindo. Que policiais estão matando muita gente no Brasil”

As críticas só pararam quando um outro repórter que participava da coletiva mudou o assunto, mas não antes de Bolsonaro disparar: “Quando tem gente que não tem o que fazer, como a senhora Michelle Bachelet, vai lá pra cadeira de Direitos Humanos da ONU.”

Na sequência da entrevista, mais ao final da manhã, Bolsonaro também se posicionou no Facebook sobre o assunto. Postou uma foto de Bachelet ao lado das ex-presidentes Dilma Rousself e Cristina Kirchner, do Brasil e Argentina, respectivamente.


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