22 de novembro de 2024
Notícias do Estado • atualizado em 08/12/2020 às 18:43

Bolsonaro reforça que vacina será distribuída gratuitamente, mas cutuca Doria: ‘coloca saúde em risco por conta de projetos pessoais de poder’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi ao Twitter reforçar que as vacinas para a covid-19 serão distribuídas “de forma gratuita e voluntária” desde que tenha comprovação, eficácia e registro na Anvisa. “Vamos proteger a população respeitando sua liberdade, e não usá-la para fins políticos, colocando sua saúde em risco por conta de projetos pessoais de poder”, concluiu em postagem realizada no fim da tarde desta terça-feira (08/12).

A publicação de Bolsonaro acontece um dia após o governador de São Paulo anunciar um cronograma específico para o Estado na distribuição da vacina. O anúncio gerou desconforto e constrangimento entre outros governadores que hoje estiveram reunidos com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) após a reunião chegou a expor esse desconforto em entrevista coletiva e garantiu que haverá um plano nacional de imunização conduzido pelo próprio Ministério da Saúde. “Isto é algo que coloca em jogo a credibilidade dos demais governadores. Esta função e Plano Nacional de Imunização não é responsabilidade de governador. Isso é responsabilidade do Governo Federal”, pontuou o democrata.

Caiado explicou que quando houver uma validação das vacinas por parte da Anvisa, estas serão adquiridas e um plano de imunização será dividido entre duas etapas: a emergencial em que serão vacinados pessoas no grupo de risco, entre elas, idosos, que possuam comorbidades e profissionais da saúde pública. O plano será divulgado em até 72 horas e aparentemente começará imediatamente. O Ministério da Saúde terá até dois meses para começar a vacinação para o público geral.

O democrata não deu detalhes de como serão conduzidas logisticamente a vacinação. “Eu não sei dos detalhes internos do Ministério, mas o que ele deixou claro para nós que as medidas estão sendo tomadas e todas aquelas que forem certificadas pela Agência Internacional ela será avaliada em 72 horas pela Anvisa conforme a lei, e ela será aplicada como uso emergencial. Não é na política extensiva à todos, mas aqueles que estão numa situação de risco maior, como aqueles que estão nas UTI’s e vem enfrentando como é nossa classe médica”.

Na sequência, Caiado pontuou que haverá um cadastramento para continuar a segunda etapa de vacinação. “A partir daí, tem um cadastramento: pela idade, pelas comorbidades, depois pela área de segurança pública. Isso ficou muito claro pelo Ministro e assumiu definitivamente o controle que não abre mão que o plano ele é federal e cada estado receberá o seu percentual de acordo com aquilo que está sendo identificado.”


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