Em entrevista concedida na noite deste último sábado (12/09) o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) afirmou que os interesses do governo federal em manter o auxílio emergencial até o fim do ano com objetivos eleitoreiros. Ressaltou que uma adoção astéria e liberal por parte de Bolsonaro não passa de uma “fake news” e que o governo não está sabendo gerir a “pior crise da história brasileira”.
Ciro Gomes também sugeriu que o governo não tem coragem de taxar grandes fortunas no momento de pandemia, um movimento adotado em vários países do mundo para cobrir os gastos emergenciais que governos vêm tendo para retomar a economia. Mesmo assim o auxílio emergencial estabelecido pela Câmara Federal teve reflexos positivos no Governo. As pesquisas vem mostrando um aumento na popularidade do presidente da República, Jair Bolsonaro.
“A política social compensatória faz um coadjuvante mas nesse instante quando a pandemia começou nesse Brasil, a renda média dos 110 milhões de brasileiros mais pobres era de 413 reais e passou a ser 600. As pessoas estão comendo um pouco melhor, vestindo-se um pouco melhor, se transportando com um pouco mais de decência e as pessoas são generosas e gratas mas isso tudo vai sumir. Vai sumir porque agora em setembro vai cair pra 300 reais e em janeiro do ano que vem não tem mais nada”, pontuou Ciro Gomes ao destacar sobre a influência das políticas compensatórias no Brasil. Mas isso não deve durar muito tempo.
Para Ciro Gomes, Bolsonaro planeja estender o auxílio emergencial por interesses eleitoreiros em 2020. “O que ele [Bolsonaro] está fazendo é prorrogar isso para ter uma influência nas eleições. Mas eles estão quebrando o país pois há uma interdição ideológica: ‘da onde é que vai vir o dinheiro?’, e eles não querem cobrar imposto de rico como o mundo todo está compensando o gasto com pandemia aumentando tributação sobre os grandes ricos, grandes fortunas e patrimônios e aqui eles tem interdição ideológica de fazer”, pontuou.
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