23 de dezembro de 2024
Estratégias

Bolsonaro pede que supermercados tenham ‘menor lucro possível’ na cesta básica

Presidente pediu a empresários que a margem de preços ou de lucros seja reduzida
Em reunião com a Associação Brasileira de Supermercados presidente pediu auxílio a empresários. Foto:Reprodução/Youtube
Em reunião com a Associação Brasileira de Supermercados presidente pediu auxílio a empresários. Foto:Reprodução/Youtube

O presidente Jair Bolsonaro apelou nesta quinta-feira, 9, em participação virtual em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que empresários “baixem 1% que seja” para ajudar o governo e o País. Ele não deixou claro, contudo, se referia à redução de margem de preços ou de lucros. Pouco antes, no mesmo evento, ele pediu pelo “menor lucro possível” na cesta básica.

“Com todo respeito, se todos que estão ouvindo, se cada um baixar 1% que seja, ajuda bastante a gente. Ficaria eternamente grato a todos vocês”, declarou o presidente. “Nós devemos, em momentos difíceis como esses, entendo, todos nós colaborarmos. Então, o apelo que eu faço aos senhores, para toda a cadeia produtiva, para que os produtos da cesta básica, cada um obtenha o menor lucro possível para a gente poder dar uma satisfação a uma parte considerável da população”, disse pouco antes.

Bolsonaro ainda afirmou no evento que discordaria “um pouco” do ministro da Economia, Paulo Guedes, no que diz respeito ao desenvolvimento da proposta de redução do ICMS sobre os combustíveis: “A questão do ICMS foi trabalho da Câmara, capitaneado por (Arthur) Lira (PP-AL)”. E afirmou que os governadores têm colaborado na pauta, apesar da pressão feita por eles junto ao Senado federal por ajustes no texto do teto do ICMS. “Governadores vão colaborar tendo um teto para o ICMS”, disse.

O chefe do Executivo também previu que a guerra na Ucrânia “terá ponto final brevemente” e que seu governo quer se relacionar “com mundo todo”, sem “priorizar países com ideologias diferentes”. Ele afirmou que dois países da América do Sul “rumam em direção à Venezuela”, mas não citou quais. (Por Eduardo Gayer e Talita Nascimento/Estadão Conteúdo)


Leia mais sobre: Economia