09 de agosto de 2024
Política

Bolsonaro nega tirar Segurança Pública de Moro, mas diz: “Na política, tudo muda”

Foto: Carolina Antunes/Presidência da República
Foto: Carolina Antunes/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (24) que não contempla a possibilidade de recriar a pasta da Segurança Pública, desmembrando o Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro.

Na quinta (23), Bolsonaro havia dito que o governo estudava a recriação de uma pasta específica para a Segurança Pública. Ele também chegou a dizer que era “lógico” que Moro não gostaria dessa possibilidade.

Em Nova Déli, na Índia, em viagem oficial, o presidente voltou atrás e afirmou que, no momento, a possibilidade é ‘zero’. Segundo ele, “em time que está ganhando não se mexe”. “O Brasil está indo muito bem, na segurança pública os números demonstram que estamos no caminho certo”, avaliou.

O presidente, porém, ressaltou que a decisão não é definitiva. “Não sei amanhã. Na política, tudo muda, mas não há essa intenção de dividir (o Ministério da Justiça)”, disse.

Reunião e esvaziamento

Secretários de Segurança Pública de todo país se reuniram na última quarta-feira (22), em Brasília, com Bolsonaro. Um dos pleitos era a recriação de uma pasta específica para a área. Assim, o debate ganhou força.

Aliados de Moro relataram à TV Globo que temiam o esvaziamento dos poderes de Moro num possível desmembramento. Segundo eles, as forças policiais (Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal) ficariam sob a égide de um potencial Ministério da Segurança Pública, enfraquecendo o ministro.

Parlamentares que defendem o desmembramento alegam que Moro tem priorizado o combate à corrupção, deixando questões de segurança pública em segundo plano. Auxiliares do ministro negam e citam dados que mostram a redução da criminalidade no país.

 


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