O Palácio do Planalto informou hoje (21/05) que o presidente Jair Bolsonaro não participará das manifestações previstas para o próximo domingo (26), que têm pautas favoráveis ao governo, como a defesa da reforma da Previdência e do projeto de lei anticrime, que tramitam no Congresso Nacional. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o presidente apoia o movimento, mas quer manter-se distante.
“Ele [Bolsonaro] entende que a sua posição de chefe do Poder Executivo não pode ser mesclada com essa atividade do domingo, que vem alinhar-se com as demandas que a sociedade vem declarando ao longo da semana e mesmo da semana passada. O presidente quer deixar claro o entendimento da importância desse evento, não obstante não quer colocar-se diretamente inserido nesse contexto e tampouco gostaria que os seus ministros o fizessem”, disse Rêgo Barros, em conversa com jornalistas.
O porta-voz refutou o eventual apoio do governo a pautas como impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fechamento do Congresso Nacional, que têm sido encampadas por setores que organizam os atos de domingo.
“O governo é um governo democrático, que entende a coparticipação dos Três Poderes para a elevação do nosso país em direção um futuro promissor, de forma que quaisquer que venham a ser as fricções entre os Poderes elas são naturais em uma democracia consolidada como a nossa”, acrescentou.
Mais tarde, no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro disse que vê os atos convocados para o dia 26 “como uma manifestação espontânea da população”, que, na avaliação dele, “vem sendo a voz principal para as decisões políticas que o Brasil deve tomar”. “Acredito na harmonia, na sensibilidade e no patriotismo dos integrantes dos Três Poderes da República para o momento que atravessa nossa Nação. Juntos, ao lado da população brasileira e de Deus, alcançaremos nossos objetivos”, acrescentou o presidente.
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