O Senado da Argentina aprovou a legalização do aborto nesta quarta-feira (30/12). A votação acirrada foi realizada às 4h, depois de uma maratona de debates que durou ao longo da noite. Pelas redes sociais, o presidente da República Jair Bolsonaro lamentou a decisão: “Lamento profundamente pelas vidas das crianças argentinas”.
Bolsonaro garantiu, no entanto, que em seu governo, a pauta não será aprovada, em caso de debate. “No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo. Lutaremos sempre para proteger a vida dos inocentes!”
Por 38 votos a 29 e uma abstenção, o Senado apoiou a proposta do governo para permitir a interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação. A câmara baixa do Parlamento argentino já havia aprovado a medida no mês passado.
O presidente argentino, Alberto Fernández, disse após a votação que a lei ampliava os direitos das mulheres. “O aborto seguro, legal e livre é lei. Hoje somos uma sociedade melhor que amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública”.
América Latina
Antes da Argentina, a interrupção da gravidez era permitida em caso de vontade da mulher em Cuba, no Uruguai e em algumas partes do México.
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