Então deputado federal, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a tecer elogios públicos ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e declarou voto ao petista no segundo turno das eleições em 2002. Vinte anos depois, ambos se enfrentam em busca da cadeira no Palácio da Alvorada. A menção do elogio, inclusive, foi feita por Lula no debate organizado pela Bandeirantes, neste domingo (16/10).
A ‘provocação’ feita por Lula dizia que Bolsonaro não só havia feito elogios, como durante os oito anos que ficou no poder como sequer fez críticas. “Procurei nos anais da Câmara e não encontrei nenhuma crítica às minhas gestões”, declarou.
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As redes sociais não demoraram para encontrar o vídeo de 2002 com as eleições já encerradas e a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consolidada. Seu concorrente era o senador José Serra (PSDB) que foi derrotado nas urnas.
Bolsonaro pontuou que naquele momento, via no PT o melhor caminho para conduzir o país diante das ‘crises pela frente’. “Eu não posso entender que o nosso PT, inclusive confesso que eu votei no segundo turno no Lula. Escolhi o que eu entendia ser a melhor opção. Temos esperanças para o nosso país no ano que vem, mas temos crises pela frente”, pontuou.
O presidente, inclusive, disse que esperava que Lula escolhesse bons quadros no PT, no PCdoB e em “outros partidos” para a composição ministerial. “Tem gente competente, caráter e história para assumir o Ministério da Defesa”.
No trecho do vídeo, Bolsonaro diz que não indicaria nomes para a defesa, afinal de contas, não fazia parte da equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas disse que com sua voz poderia influenciar de alguma forma os rumos da gestão e elogiou nomes históricos do PT e do PC do B, como José Genoino e Aldo Rabelo, que hoje está filiado ao PDT.
“Eu não tenho como indicar ninguém a Defesa. Eu não faço parte da equipe do Lula, nem tenho poder de veto, mas tenho a minha voz. Peço até mesmo que seja o nome do José Genoíno, uma pessoa que eu não tenho amizade mas reconheço a competência dele. Eu não seria oposição ao José Genoíno, ministro da defesa, como não seria ao Aldo Rabelo, do PCdoB”, salientou.
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