22 de dezembro de 2024
Ataques às urnas

Bolsonaro: governo bancaria despesas com possíveis mudanças no sistema eleitoral

Em tom de ironia, o presidente disse que o sistema eleitoral é "confiabilíssimo"
(Foto: Reprodução/Youtube)
(Foto: Reprodução/Youtube)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 7, que o governo federal poderia custear mudanças no sistema eleitoral, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitisse. O chefe do Executivo dedicou boa parte da tradicional live semanal nas redes sociais a ataques às urnas eletrônicas e a ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“As Forças Armadas apresentaram algumas sugestões (para mudanças no sistema eleitoral), mais ou menos algumas delas foram atendidas, poucas parcialmente, e a maior parte delas vamos deixar para 2026, nas palavras do ministro Fachin. Essas que vão deixar para 2026, por que não podem ser implementadas agora? Se tiver despesa, o governo federal banca a despesa. Democracia não tem preço, não é o que a esquerda sempre dizia?”, disse Bolsonaro.

Em tom de ironia, o presidente disse que o sistema eleitoral é “confiabilíssimo”. “Nenhum país do mundo se interessou pelas urnas do Brasil. Vão lá fora dizer que é uma coisa fantástica, inexpugnável, mas ninguém quer comprar esse produto do Brasil”, criticou ao dizer também que não “existe coisa mais degradante do que alguém votar e ter dúvida se o voto foi”.

O presidente ainda contrapôs o futuro presidente do TSE e ministro do STF, Alexandre de Moraes, que já falou em cassação de mandato e prisão para aqueles que coloquem em xeque a segurança das urnas. “O Alexandre de Moraes falando aquele que duvidar do sistema eleitoral será cassado e preso. Não quero desafiar ninguém, mas eu duvido desse sistema eleitoral, é meu direito duvidar. Dúvida leva ao aperfeiçoamento das coisas”.

Bolsonaro também voltou a pedir apuração paralela dos votos no dia da eleição. “Estão com medo de dar resultado diferente? Não tenho medo de perder eleição na democracia, mas de perder democracia na eleição. (…) Acredito que todo mistério, nas próximas semanas, será desvendado”, disse. (Por Bruno Luiz e Eduardo Gayer/Estadão Conteúdo)


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