O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gastou R$ 697 mil no cartão corporativo, entre agosto e novembro de 2022 durante atividades da campanha eleitoral, segundo informações do site UOL.
A estimativa é que os valores gastos em viagens durante a campanha eleitoral, podem ser bem maiores porque na planilha de gastos não estão públicas todas as notas fiscais.
A legalidade do uso do cartão para esse tipo de despesa é controversa. A lei prevê que o partido ou a coligação deve ressarcir a União em gastos de transporte pessoal do candidato e sua comitiva durante o período eleitoral, em um prazo de dez dias, mas nada fala sobre os demais gastos.
As planilhas foram divulgadas em resposta à agência Fiquem Sabendo por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação). As notas estão em relatórios classificados como “atividade eleitoral”.
Motociatas, lanches e hospedagem
Em sua primeira agenda de campanha na Bahia, em agosto do ano passado, o ex-presidente fez uma motociata em Vitória da Conquista. Ao lado de João Roma (PL), na ocasião, candidato ao governo baiano. Na comitiva, além de candidatos, estava o empresário Luciano Hang.
Neste mesmo dia, há o registro de gasto de R$ 50 mil no cartão corporativo. Foram 1.024 lanches frios de uma padaria e 512 barras de cereal, entre outros itens.
Cerca de 50 pessoas se hospedaram por três dias em Vitória da Conquista para garantir a segurança presidencial, acrescentando R$ 44,7 mil à fatura do cartão corporativo.
A quatro dias do segundo turno, Bolsonaro esteve em Teófilo Otoni (MG). Lá o cartão corporativo gastou R$ 63 mil em hospedagem, lanches e um cercadinho para proteção.
Em São Paulo, no dia 4de outubro do ano passado, Bolsonaro desembolsou ao todo R$ 64 mil com cartão corporativo.
Só na cidade de Aparecida – SP, foram gastos R$ 40.255,80. Entre as despesas, estão R$ 18 mil com hotel e R$ 15.946,80 com lanches.
No dia 15 de outubro de 2022, em Fortaleza – CE, foi registrado um gasto de R$ 20.312, um total de 566 kits lanches em um evento eleitoral.
Também foi identificado pagamento de R$ 8.650 para um delivery de iFood durante campanha em Belo Horizonte, em 24 de agosto, além de gasto com cercadinho, na mesma cidade, em 24 de setembro no valor de R$ 2.000.
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