26 de dezembro de 2024
Brasil

Bolsonaro diz que não entende de economia, nem Guedes de política: ‘casal perfeito’

De acordo com o presidente, Paulo Guedes nada sabe de política e Bolsonaro tampouco de economia (Foto: Isac Nóbrega/Agência Brasil)
De acordo com o presidente, Paulo Guedes nada sabe de política e Bolsonaro tampouco de economia (Foto: Isac Nóbrega/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 10, que ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes, são um casal perfeito. “Entendo tanto de economia quanto Guedes de política, somos casal perfeito. Não entro na área dele, ele não dá peruada na minha área”, disse o chefe do Executivo em cerimônia para marcar a regulamentação da Medida Provisória com regras para a renegociação de dívidas do Fies.

A declaração vem apenas dois dias após Guedes dizer, em entrevista ao Estadão, que não teve apoio suficiente para implementar a agenda liberal. Segundo apurou a reportagem, Guedes “vem se exaurindo” com o processo de defender as bandeiras do liberalismo de forma solitária em Brasília.

Jair Bolsonaro ainda afirmou que, hoje, já sabe 10% do que sabe Paulo Guedes e chamou de natural a queda de braço entre o mundo político e o ministro em torno do orçamento público. “Todo mundo briga com Paulo Guedes, todo mundo quer dinheiro, é natural. O deputado que não quiser dinheiro está errado”, declarou, durante a solenidade.

MP do Fies

Em aceno aos parlamentares, o presidente também disse que a MP regulamentada hoje pelo governo pode ser aperfeiçoada pelo Congresso. “Está lá (no Parlamento), pelo que me consta não tem relator ainda, nem tem emenda. Vocês sabem o que fazer, podem conversar”, afirmou o chefe do Executivo, que ainda repetiu o mantra: “Apesar de todos os problemas, o Brasil na economia vai muito bem”.

A MP permite a renegociação de dívidas de usuários do Fies em contratos firmados até 2017. Estudantes com débitos no programa poderão negociar a revisão dos contratos a partir de 7 de março, segundo o Ministério da Educação. (Por Eduardo Gayer e Eduardo Rodrigues/Estadão Conteúdo)


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