10 de agosto de 2024
Brasil

Bolsonaro diz que não aceitará “esmola de país nenhum do mundo”

O presidente da República, Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (02/09) na porta do Palácio da Alvorada. Ele falou que mesmo com a cirurgia que fará no próximo domingo (08/09) para tratar de uma hérnia, estará presente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 22 de setembro. “Nem que seja de cadeira de rodas, vou comparecer”.

Bolsonaro também disse que na Assembleia irá querer colocar a Amazônia como pauta e que vai mostrar ao mundo “com bastante conhecimento, com patriotismo sobre essa área que foi ignorada por tantos governos que me antecederam”, mencionou.

Depois insinuou que as ajudas de países estrangeiros à Amazônia era uma forma da compra territorial da floresta: “Ela foi praticamente vendida para o mundo. Eu não vou aceitar esmola de país nenhum do mundo a pretexto de preservar a Amazônia mas na verdade ela tá sendo loteada e vendida”, disparou.

O presidente também disse que caso tivesse demarcado reservas indígenas e aumentado áreas de proteção ambiental não estariam acontecendo incêndios. “Se eu tivesse voltado pra cá e demarcado 30 reservas indígenas, mais área de proteção ambiental, mais parques nacionais, a Amazônia seria um Polo Sul ao Pólo Norte, não estaria pegando fogo em lugar nenhum. O que eles querem é cada vez mais ao demarcar mais terras, inviabilizá-las para nós”. Quando confrontado se não iria demarcar, Bolsonaro disse que não: “Eu falo que não vou demarcar desde a época da campanha. Eu vou cumprir uma promessa de campanha”.

Países querem ajudar, Bolsonaro resiste

As declarações foram dadas em torno de crescente crise sobre a preservação da Floresta Amazônica e em meio ao cancelamento de investimentos de países como Noruega e Alemanha para o Fundo Amazônia. O G7, grupo com países poderosos em todo o mundo já acordou uma ajuda ao Brasil. Ela foi questionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, depois “bem vinda” pelo ministro do meio-ambiente, Ricardo Salles e por fim, negada pelo ministro-chefe da Casa Cívil, Onyx Lorenzoni que disse que o dinheiro seria melhor aproveitado no reflorestamento das matas europeias.

Na última sexta-feira (30/08) no entanto, a chanceler alemã Angela Merkel telefonou para Jair Bolsonaro. A pauta foi a tentativa de conciliar possíveis recursos internacionais para o combate às queimadas. O presidente foi ao Twitter, no mesmo dia, dizer que a a conversa foi bastante produtiva e que a chanceler reafirmou a soberania brasileira na região amazônica. Bolsonaro disse ainda que a pedido do governo alemão, o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) foi mobilizado para avaliar a situação das queimadas na América do Sul.

 

 


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