15 de novembro de 2024
Política

Bolsonaro diz que mandou cancelar acordo pela CoronaVac e diz que, por ora, ‘toda e qualquer vacina está descartada’

Bolsonaro diz que não vai comprar vacina sem comprovação científica. Foto: Agência Brasil.
Bolsonaro diz que não vai comprar vacina sem comprovação científica. Foto: Agência Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta quarta-feira (21) que, no momento, toda e qualquer vacina contra a covid-19 está descartada. Bolsonaro disse que os imunizantes precisam de comprovação científica antes de serem adquiridos pelo governo federal.

“Toda e qualquer vacina está descartada. Ela tem que ter uma validade do Ministério da Saúde e uma certificação da Anvisa. Fora isso, não existe qualquer dispêndio de recurso”, disse durante visita ao Centro Tecnológico da Marinha, em Iperó-SP.

O presidente informou que mandou cancelar o protocolo de intenções assinado nesta terça-feira (20) pelo Ministério da Saúde para aquisição de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, caso o imunizante demonstrasse eficácia na última fase de testes.

Bolsonaro disse ainda que o governador de São Paulo, João Doria, teve má fé e distorceu a fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que afirmou que a CoronaVac, que tem acordo para ser fabricada no Instituto Butantan, seria a vacina do Brasil. “Ele (Pazuello) tem um protocolo de intenções. Já mandei cancelar se ele assinou. O presidente sou eu. Não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado, a não ser nós”.

Nesta quarta, o ministério mudou o discurso e disse que não há intenção de compra de vacina chinesa. A declaração ocorreu após Bolsonaro afirmar, nas redes sociais, que não vai comprar ‘vacina da China’.

O presidente classificou o custo da CoronaVac, de R$ 1,9 bilhão pelas 46 milhões de doses, como vultoso. O mesmo valor foi pago pelo governo federal à AstraZeneca para 100 milhões de doses da vacina de Oxford. De acordo com Bolsonaro, o investimento não foi para comprar vacinas, “mas para participar da pesquisa e desenvolvimento, com uma quota de vacinas para nós”.

Ele ainda reforçou que o governo vai comprar imunizantes apenas com garantia de eficácia e segurança. “As vacinas têm que ter uma comprovação científica, diferente da hidroxicloroquina. Ela tem que ter sua comprovação científica. Estamos perfeitamente afinados com o Ministério da Saúde trabalhando na busca de uma vacina confiável. Fora disso, é tudo especulação”, concluiu.


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