O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo não vai comprar a Coronavac, candidata à vacina contra a covid-19 da farmacêutica chinesa Sinovac. Na tarde de terça-feira (20), o Ministério da Saúde anunciou um acordo para adquirir 46 milhões de doses do imunizante.
A mensagem do presidente foi publicada em uma rede social, em resposta a um comentário crítico ao anúncio da pasta comandada por Eduardo Pazuello.
“Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, comentou o usuário, ao que o presidente respondeu:
“NÃO SERÁ COMPRADA”, em caixa alta.
Mais tarde, na mesma rede social, Bolsonaro disse que antes de ser disponibilizada para a população, a vacina deverá ser “comprovada cientificamente” pelo Ministério da Saúde e certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem”, escreveu. “Minha decisão é de não adquirir a referida vacina”, completou.
Pelo acordo fechado após reunião com governadores, a compra só será realizada após a vacina receber um registro da Anvisa.
A Coronavac é a principal aposta do governador de São Paulo, João Doria, adversário político e desafeto do presidente.
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