Em busca da reeleição, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), definiu a sua chapa com dois nomes bolsonaristas: a deputada federal Celina Leão (Progressistas), na vice, e a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), na vaga para o Senado.
“Consolidamos, aqui, no Distrito Federal, um belíssimo palanque para o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro”, disse Ibaneis, em seu discurso durante evento de lançamento da chapa, que ocorreu na liderança do Progressistas no Senado.
O presidente nacional da legenda e ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, também estava presente. “A união de Bolsonaro com Ibaneis é importante para a reeleição dos dois”, declarou.
Apesar da aliança com setores do bolsonarismo, o governador do Distrito Federal, uma região importante para os municípios goianos do entorno, não conseguiu fechar um acordo com o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Até as convenções, claro, muita coisa pode mudar, mas, no momento, a tendência é a de que a sigla do presidente lance a candidatura do ex-governador José Roberto Arruda, cuja esposa, Flávia Arruda, ex-ministra-chefe da Secretaria de Governo, busca espaço para disputar o Senado.
Na prática, portanto, Bolsonaro deve ter dois palanques no Distrito Federal. Um com Ibaneis, e outro com Arruda. Em Goiás, o pré-candidato a governador pelo Patriota, Gustavo Mendanha, está de olho em um cenário parecido.
Ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Mendanha tentou, sem sucesso, se filiar ao PL, que terá o deputado federal Major Vitor Hugo, considerado o principal aliado de Bolsonaro no estado, como postulante ao Palácio das Esmeraldas.
Mesmo fora do PL, o governadoriável do Patriota já confirmou que irá votar em Bolsonaro e busca colar sua imagem na do presidente. Tanto é que terá o deputado federal João Campos (Republicanos), um bolsonarista, ocupando a vaga de senador em sua chapa.
Dessa forma, Goiás deve ter, assim como no DF, dois palanques para Bolsonaro. Há quem argumente que a base bolsonarista rachada possa prejudicar o desempenho do presidente no estado. Por outro lado, há quem sustente que essa configuração, com mais nomes pedindo voto, pode fortalecê-lo. Só as urnas serão capazes de dizer quem estar certo.
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