07 de agosto de 2024
Política

Bolsonaro critica ações sobre vacinação no STF: “Não pode juiz decidir se você vai tomar vacina”

Bolsonaro discorda de obrigatoriedade de vacina. Foto: Carolina Antunes/PR
Bolsonaro discorda de obrigatoriedade de vacina. Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira (26) a judicialização sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. Na semana passada, três ações foram ajuizadas no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando sobre a competência da União sobre a obrigatoriedade ou não de se tomar o imunizante.

“Temos uma jornada pela frente onde parece que foi judicializada essa questão. E eu entendo que isso não é uma questão de Justiça, isso é questão de saúde acima de tudo, não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar vacina”, disse a apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda.

Bolsonaro tem travado um debate público com o governador de São Paulo, João Doria, sobre a obrigatoriedade da vacinação. Doria defende que o imunizante seja compulsório e diz que o fará no estado. Por sua vez, o presidente critica a fala do governador e diz que ele tem ações totalitárias.

Ações protocoladas no STF também pedem que o governo federal seja obrigado a comprar as vacinas e medicamentos que forem aprovados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). A judicialização foi efeito da decisão de Bolsonaro de cancelar o acordo para compra de 46 milhões de doses da chinesa CoronaVac.

O Ministério da Saúde tem acordo com a AstraZeneca/Oxford, que prevê 100 milhões de doses da vacina, e outro acordo com a iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, com mais 40 milhões de doses.

Bolsonaro citou ainda a notícia anunciada hoje pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca de que a vacina que estão desenvolvendo contra a covid-19 induziu, durante os testes, uma resposta imune tanto em jovens quanto em idosos. Para Bolsonaro, a notícia é promissora, mas é preciso aguardar a publicação dos resultados em revista científica. “O que a gente tem que fazer aqui é não querer correr, não querer atropelar, não querer comprar dessa ou daquela sem nenhuma comprovação ainda”, disse.


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