O presidente Jair Bolsonaro criticou mais uma vez a política de isolamento social e lockdown adotada por vários governadores durante os momentos mais críticos da pandemia da covid-19 no ano passado. Durante entrevista coletiva em Porto Seguro (BA), após sobrevoar as áreas atingidas pelas fortes chuvas no sul da Bahia, Bolsonaro foi questionado sobre como o governo federal poderá ajudar as famílias a se recuperarem após a catástrofe que atingiu a região e aproveitou para lembrar os efeitos do fechamento da economia.
“Nós tivemos uma catástrofe no ano passado, quando muitos governadores, pessoal da Bahia, fechou todo o comércio e obrigou o povo a ficar em casa. O povo, em grande parte, informais, condenados a morrer de fome dentro de casa”, disse. Em seguida, lembrou que o governo federal socorreu a todos com o auxílio emergencial. “O governo é sensível a esses problemas, pede a colaboração de todos para que se supere esse problema e também que não destruamos a economia em nome de seja lá o que for, apesar de respeitarmos e entendermos a gravidade que esse vírus tem proporcionado ao Brasil”, completou.
O presidente e uma comitiva de ministros visitou a região atingida pelas chuvas na Bahia na manhã deste domingo e anunciou que a autorização para a liberação de parcelas do Fundo de Garantia e Tempo de Serviço (FGTS) aos municípios do norte de Minas Gerais e do sul da Bahia, que estão em estado de emergência. Bolsonaro informou que as parcelas serão disponibilizadas em no máximo cinco dias, com valores de até R$ 6.200.
O governo federal também anunciou a liberação de R$ 5,8 milhões para apoiar municípios atingidos pelas enchentes na Bahia. O valor será destinado a sete municípios baianos: Eunápolis (R$ 2,197 milhões), Itamaraju (R$ 1,862 milhão), Jucuruçu (R$ 543,725 mil), Ibicuí (R$ 433,954 mil), Ruy Barbosa (R$ 260,160 mil), Maragogipe (R$ 503,885 mil) e Itaberaba (R$ 51,4 mil). (Por Sandra Manfrini e Weslley Galzo/Estadão Conteúdo)
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