O presidente da República, Jair Bolsonaro ainda não visitou a região amazônica depois do ‘boom’ de queimadas, registradas e divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e que causou uma polêmica diplomática com diversos países em todo o mundo. Disse que iria se reunir com os outros presidentes de países que também tem a mata amazônica em território, mas preferiu, por recomendações médicas, enviar o chanceler Ernesto Araújo para representá-lo. O encontro ocorreu na Colômbia nesta sexta-feira (06/09). No entanto, Bolsonaro desferiu críticas ao presidente a Bolívia Evo Morales. Jair disse que na Bolívia é aonde estão acontecendo “as maiores queimadas”.
A crítica interrompe uma relação que estava sendo marcada por elogios. Em suas lives e discursos, Jair Bolsonaro estava adotando uma postura conciliatória com um presidente de esquerda. Acontece que Morales afirmou que “o capitalismo está destruindo a Amazônia”. Bolsonaro não gostou.
“Agora há pouco, na conferência de Leticia [cidade colombiana que está sendo realizado o encontro] vi que tinha um ali [se referindo a Morales] que não estava muito a favor das propostas dos demais. Parece que não estava integrado a nós”, disse Bolsonaro. “Ele disse que o capitalismo está destruindo a Amazônia. Como se no país dele não tivesse ocorrido as maiores queimadas”, complementou. Com informações da Folha de São Paulo.
Com uma cirurgia para tratar de uma hérnia marcada para o próximo domingo (08/07), Bolsonaro decidiu encaminhar um representante: o ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo. No entanto, se pronunciou rapidamente por meio de videoconferência para a reunião. Antes do lançamento da carteira de identidade estudantil gratuita, pelo Ministério da Educação, teceu as críticas ao presidente boliviano.
Além de dizer que o capitalismo é um problema para a Floresta Amazônica outro ponto que irritou Bolsonaro foi ter reclamado da ausência do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A Venezuela também é membro da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, mas muitos países integrantes do grupo não reconhecem Maduro como presidente e por isso o convite não foi estendido ao autoritário líder venezuelano.
Morales no entanto justificou e disse que questões ideológicas não poderiam interferir numa reunião tão importante. “Esse presidente saudando o socialismo e dizendo que faltava um presidente ali [referindo-se a Maduro], que eu vetei. Um presidente que estava maduro demais, por isso que eu vetei”, dispara Bolsonaro.
De fato, as maiores queimadas registradas na Floresta Amazônica estão sendo realizadas no Brasil e na Bolívia.
Leia mais sobre: Mundo