Em suas tradicionais lives de quinta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) disse ontem (11/03) que deve definir ainda este mês o seu futuro político. Reforçou que tem conversado com diversas legendas e que até um retorno a agremiação que o elegeu é possível. “Alguns partidos já acenaram pra mim. Até o próprio PSL, já conversei com o PSL também…. Entre outros partidos, repito”, pontuou.
Antes de tomar a decisão, Bolsonaro quer ouvir aqueles aliados que continuam com ele. Sem citar nomes, mencionou “meia-duzia” de parlamentares que o traíram ao longo deste tempo. “Eu quero tomar uma decisão de vocês [políticos eleitos em 2018 na onda Bolsonaro] que… Ou melhor, vocês não… A grande maioria de vocês que foram eleitos comigo, porque tem meia-duzia que não dá para conversar que destruiram todas as pontes que tinham comigo em causa própria. Espero em breve decidir essa questão partidária”, pontuou
A relação entre Bolsonaro e PSL entrou em colapso desde outubro de 2019. À época, o presidente da República entrou em rota de colisão com o mandatário da legenda, Luciano Bivar, que era visto por bolsonaristas como coronelista. O caso das laranjas do PSL envolvendo o ex-ministro do Turismo também colaborou para a relação azedar.
Desde então, Bolsonaro vinha tentando fundar o seu próprio partido mas acabou fracassando com o Aliança Pelo Brasil, que lhe rendeu assinaturas pífias necessárias para registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sem a legenda formada, o PSL foi se esvaziando aos poucos do reduto bolsonarista. O senador Flávio Bolsonaro foi para o Republicanos, que recebeu parte dos aliados do presidente.
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