23 de dezembro de 2024
Economia

Bolsa sobe 1,2% com impulso das ações da Vale; dólar avança para R$ 3,24

(Foto: Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)

A Bolsa brasileira conseguiu retomar o patamar de 76 mil pontos nesta terça (24) com impulso da valorização de mais de 3% das ações da mineradora Vale e em dia de bom humor nos mercados acionários internacionais. O dólar subiu pelo quarto dia e encerrou a R$ 3,24.

O Ibovespa fechou em alta de 1,24%, para 76.350 pontos. O giro financeiro no pregão foi de R$ 8,6 bilhões, em linha com a média diária do ano (R$ 8,5 bilhões).

O dólar comercial subiu 0,46%, para R$ 3,247. O dólar à vista avançou 1,21%, para R$ 3,254.

A valorização da Bolsa acompanhou a alta dos mercados acionários mundiais, que refletiram balanços corporativos sólidos nos Estados Unidos que reforçam a percepção de recuperação da economia americana.

Aqui, destaque para o ganho das ações da Vale, que divulga seus resultados do terceiro trimestre nesta quinta. A expectativa é que o balanço seja positivo, após a mineradora reportar produção recorde de minério de ferro.

A alta também refletiu a valorização de 0,68% dos preços do minério nesta terça. Os papéis ordinários da Vale subiram 3,42%, para R$ 33,83. As ações preferenciais avançaram 3,86%, para R$ 31,50.

Os papéis da Petrobras fecharam em alta de cerca de 2%. As ações preferenciais da estatal avançaram 1,91%, para R$ 16,51. Os papéis ordinários subiram 2,12%, para R$ 16,85.

O petróleo fechou em alta nesta terça, após a Arábia Saudita, principal exportador da commodity, dizer que estava determinada a encerrar um excedente de oferta.

Os preços também subiram por previsões de uma queda ainda maior nos estoques de petróleo dos Estados Unidos e pelo nervosismo sobre as tensões no Iraque.

O ministro de Energia saudita disse que o foco continuava na redução de estoques de petróleo em países industrializados para sua média de cinco anos e elevou as perspectivas de uma restrição prolongada à produção assim que o pacto de cortes liderado pela Opep terminar.

Ações

Das 59 ações do Ibovespa, 51 subiram, sete caíram e uma se manteve estável.

A maior alta foi registrada pelos papéis da Usiminas, que avançaram 3,83%. As ações da Bradespar, acionista da Vale, subiram 3,49%. Os papéis da Gerdau se valorizaram 3,35%.

Na ponta contrária, as ações da Cielo tiveram a maior baixa do Ibovespa nesta sessão, ao recuarem 1,71%.

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco subiram 0,73%. Os papéis preferenciais do Bradesco avançaram 1,35%, interrompendo oito quedas seguidas. As ações ordinárias do banco tiveram alta de 1,25%. As ações do Banco do Brasil se valorizaram 0,91%. As units -conjunto de ações- do Santander Brasil fecharam com alta de 1,33%.

Dólar

A quarta valorização seguida do dólar ocorreu em um cenário em que os investidores estão atentos às indicações do banco central americano sobre novas altas de juros nos EUA.

O dólar ganhou força ante 23 das 31 principais divisas nesta terça.

“A gente tem observado que os investidores estão muito atentos ao Fed [banco central americano]. Deve sair a definição sobre quem vai coordenar o Fed com a [Janet] Yellen, o que tem levado a um fortalecimento da moeda americana”, afirmou Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S.

Segundo ele, a tendência para a moeda americana é de alta até o fim do ano, conforme novos dados reforcem a perspectiva de fortalecimento da economia americana.

O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) subiu 0,22%, para 171,5 pontos, no segundo dia de alta.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram um dia misto. O DI para janeiro de 2018 recuou de 7,295% para 7,275%. A taxa para janeiro de 2019 subiu de 7,260% para 7,270%.

Em relatório, a consultoria LCA indicou que a “evolução do ambiente internacional nas últimas semanas pode ser considerada um ‘balão de ensaio’ da temporada de maior volatilidade dos mercados que aguardamos para 2018 -com o dólar e as moedas de economias avançadas ganhando algum terreno sobre as divisas emergentes, sobretudo da América Latina”.

“As oscilações cambiais recentes estão associadas à renovada expectativa de aprovação da reforma tributária de [Donald] Trump; mas também podem ser creditadas à perspectiva de avanço nos processos de normalização monetária nas economias centrais e às incertezas em relação à política econômica chinesa no ano que vem”, afirma a LCA. (Folhapress)


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